Nos últimos cinco anos, a taxa de abandono ao tratamento da tuberculose em Moçambique reduziu em cerca de 2%, devido a acções de busca dos doentes faltosos nas comunidades, segundo Egídio Langa, chefe do Programa Nacional de Controlo daquela doença no Ministério da Saúde (MISAU).
Falando esta segundafeira em exclusivo ao Correio da manhã, Langa indicou que a taxa de abandono em 2006 situava-se nos 5% contra a actual de 3%, considerando logo de seguida a tuberculose como sendo “um problema sério de saúde pública”.
As faixas etárias mais afectadas pela doença são dos 15 aos 49 anos de idade, particularmente nas províncias de Manica, Gaza e Inhambane, onde as taxas de óbito são elevadas, rondando os cerca de 15,5%, 13% e 12%, respectivamente, contra uma média de pouco mais de 9% nas restantes províncias de Moçambique, de acordo ainda com o nosso interlocutor.
Entretanto, Langa aponta a chegada tardia nas unidades sanitárias destes doentes numa fase avançada da doença, bem como a co-infecção da tuberculose e o HIV/SIDA, como prováveis causas de elevados índices de mortes naquelas províncias.
Refira-se que Moçambique despende cerca de 5,2 milhões/ano de dólares norteamericanos para aquisição de medicamentos contra a tuberculose, visando a sua erradicação até 2050, segundo projecções governamentais.