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Recusados pela Tailândia, imigrantes ficam à deriva no sul da Ásia

Milhares de imigrantes à deriva em mares do sul da Ásia ficaram sem destino depois que a Tailândia recusou permissão para que um barco aportasse nesta quinta-feira, e a Malásia declarou que irá devolver os imigrantes ao mar.

Os aliciadores abandoraram embarcações repletas de imigrantes, muitos deles famintos e doentes, em reacção à repressão ao tráfico humano na Tailândia, o destino mais comum dos muçulmanos rohingya – um povo sem Estado que a Organização das Nações Unidas (ONU) descreve como uma das minorias mais perseguidas do mundo e que foge da violência em Bangladesh e Mianmar.

A Tailândia não permitiu que um barco com 300 imigrantes, incluindo muitas mulheres e crianças, encontrado à deriva nas suas águas nesta quinta-feira chegasse à terra, disseram autoridades. “Negamos a eles a entrada no país, mas lhes demos alimento e água em respeito a nossa obrigações em relação aos direitos humanos”, afirmou Puttichat Akhachan, general da polícia regional, à Reuters.

O barco foi encontrado a 17 quilómetros da costa da ilha de Koh Lipe, no sul do país. Imagens de televisão mostraram mães em prantos e crianças pequenas pedindo ajuda.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) alertou que a situação pode tornar-se num “desastre humanitário enorme” e disse que os governos deveriam resgatar os migrante, ao invés de mandá-los de volta.

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