Bom dia jornal @Verdade. As minhas cordiais saudações a toda a equipa deste prestigioso órgão de informação. Venho por este meio e com a vossa permissão denunciar alguns actos ou comportamentos inaceitáveis envolvendo professores da Escola Secundária da Machava-Sede, Município da Matola, e as suas alunas.
A maior parte dos professores daquele estabelecimento de ensino secundário e pré-universitário é constituída por jovens, alguns dos quais arrendam dependências ou casas nas redondezas. Essas moradias foram praticamente transformadas em prostíbulos, onde há troca de favores sexuais entre docentes e alunas.
Os professores ou docentes envolvem-se em relações sexuais com as suas alunas em troca de notas, as que eventualmente não aceitarem a cópula só podem pagar valores monetários que rondam entre os 300 e 500 meticais.
As que não aceitam nem uma nem outra coisa, vêem as suas notas baixas ou negativas inalteradas. Nestes actos (de abuso e assédio sexuais), os professores têm como intermediários alguns alunos, os quais identificam as alunas com problemas de notas, propondo-as o pagamento de dinheiro ou prática de sexo.
Porque a maioria das alunas não tem condições financeiras para comprar notas, acaba por se envolver em promiscuidades com os docentes. Estamos a pedir socorro nós alunos e alunas da Escola Secundária da Machava- Sede porque as nossas colegas estão a ser aproveitadas e sexualmente abusadas em troca de notas.
Importa realçar que este comportamento indecente não é de todos os professores, mas sim de um punhado deles. São professores que leccionam o curso diurno, período do da manhã, sendo o chefe da rede de professores assediadores e abusadores sexuais de alunas, o professor “Absalão” que já tem um grupo de alunos como seus intermediários.
Perante este triste cenário pedimos para que o jornal @Verdade se dirija à Escola Secundária da Machava- -Sede, para melhor se informar, ouvindo a direcção da escola.
Resposta
Relativamente a este caso o @Verdade manteve uma conversa com o director da Escola Secundária da Machava-Sede. Trata-se de Daúde Ussuale, que depois de lhe termos apresentado o caso disse não ter conhecimento deste assunto e que nunca tinha ouvido “nos corredores” que os professores do seu estabelecimento de ensino se envolvem em actos sexuais com as suas alunas.
“Eu não aceito e nem confirmo estes episódios, é a primeira vez que nos chegam informações do género. Estou como director nesta escola desde 2007 e ainda não ouvi que há professores que mantêm relações sexuais ou amorosas com as alunas em troca de notas”, refuta.
Ussuale disse ainda que, face a este cenário, a sua instituição vai doravante fazer investigações para apurar a veracidade dos factos e, se os protagonistas desses actos forem identificados, ser-lhes- -ão imputadas medidas administrativas e correctivas.
Segundo o director da Escola Secundária da Machava-Sede, as informações contidas na denúncia reflectem comportamentos inaceitáveis e desabonatórios à classe dos professores.
“Estas atitudes ferem a ética e deontologia profissional dos funcionários públicos e particularmente o Código de Conduta do Professor. Para estes casos a tolerância é zero, pois não dignificam a classe”, comenta acrescentando que neste momento, e a par das investigações, serão feitas diligências no sentido de se descobrir as supostas dependências ou casas que são usadas como palco desses actos indecentes.
Entretanto, em contacto com os directores pedagógicos dos cursos diurno e nocturno daquele estabelecimento de ensino, soubemos que não existe no seu corpo docente nenhum professor de nome “Absalão”, o suposto chefe da rede de professores que se envolvem em actos sexuais com as suas alunas. “Talvez seja uma alcunha ou pseudónimo por que é chamado o tal professor”, afirmam.