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Livro de Reclamação: trabalhadores duma livraria pelo mau ambiente de trabalho

Saudações, Jornal @Verdade. Somos trabalhadores duma livraria pertencente ao senhor Ismael Aly, sita na Avenida do Trabalho, na cidade de Chimoio, província de Manica. Gostaríamos, através do vosso meio de comunicação, de expor algumas irregularidades perpetradas pelo nosso patronato, relacionadas com o mau ambiente de trabalho e com a falta de consideração para connosco.

 

 

O que nos aflige é o tratamento desumano a que somos frequentemente submetidos sem direito a reclamação. Aqui, trabalhamos como escravos, além de que o nosso vínculo com os donos da livraria é apenas verbal. Como consequência disso, somos expulsos quase diariamente sem explicações.

Quando apresentamos queixa à direcção do Trabalho não somos atendidos porque não temos justificativos, ou seja, um papel que atesta que pertencemos a um estabelecimento na qual trabalhamos. Esta situação agasta-nos de tal sorte que não sabemos que não sabemos a quem recorrer.

O patrão exige que estejamos na livraria às 07h00 em ponto mas despegamos do trabalho, por vezes, às 22h00, sem nenhum intervalo ao longo do dia. Tentámos falar com o senhor Ismael Aly sobre este problema, mas não houve nenhuma resposta que nos tenha deixado satisfeitos.

No dia 28 de Agosto do ano em curso, um colega foi despedido, sem indemnização, por reivindicar os seus direitos. O patrão não admite que reclamemos nem que opinemos. Para ele devemos aceitar tudo o que diz e faz. Além destes problemas, os nossos salários não são pagos a tempo por razões que desconhecemos. Quando procuramos saber o que se passa, somos ofendidos.

Resposta

Sobre este caso, o @Verdade contactou, telefonicamente, Ismael Aly, proprietário da Livraria Aly, Lda, que negou todas as inquietações que pesam sobre ele. O nosso interlocutor assumiu que não lida condignamente com os seus empregados ao afirmar que cada pessoa merece ser tratada de acordo com o seu comportamento. “Não posso agradar a quem não me agrada. Se um funcionário se comporta mal tem de ser sancionado”.

Num discurso totalmente contraditório, Ismael Aly disse que não teria coragem de fazer mal a um concidadão. Na boca dele, as pessoas que se queixam de ser vítimas de maus-tratos protagonizadas por ele estão insatisfeitas com o seu sacrifício e progresso.

Tal gente pretende manchar a sua imagem e prejudicá-lo. Relativamente aos despedimentos supostamente sem justa causa, de que é acusado, o nosso entrevistado disse que não se lembra de nenhuma situação similar que tenha acontecido na sua livraria.

“As pessoas que disseram isso não sabem o que querem e reclamam de barriga cheia”, afirmou Aly, acrescentando que em relação aos contratos, o seu estabelecimento comercial mantém um vínculo de trabalho por escrito com um funcionário depois de este permanecer seis meses na empresa. “Nós contratamos pessoas depois de termos a certeza de que ela é de confiança e não logo no primeiro dia em que entra na empresa”, concluiu Aly.

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