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Recessão agrava-se no leste europeu

Os últimos dados econômicos na Romênia, Hungria, Letônia, República Tcheca, Estônia e Eslovênia confirmaram a gravidade da recessão enfrentada por esta parte da Europa. Na república báltica da Estônia, que entrou em recessão no segundo trimestre de 2008, o Produto Interno Bruto despencou 15,1% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo números oficiais.

Antes da crise, a economia estoniana comemorava um vigoroso crescimento: 10,4% em 2006 e 6,3% em 2007. A situação é ainda pior na Letônia, um dos países da União Europeia mais afetados pela crise, onde um cálculo com dados oficiais faz uma estimativa sombria para o PIB em 2009: uma queda de 18%. Em dezembro, a Letônia obteve uma ajuda de 7,5 bilhões de euros (10,5 bilhões de dólares) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da UE.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro letão Valdis Dombrovskis disse que seu país está disposto a cortar até 10% do orçamento estatal para tentar reduzir o déficit, uma das principais condições impostas para a concessão do empréstimo.

O ministro sueco das Finanças Anders Borg fez um apelo nesta terça-feira ao FMI e a outros organismos internacionais, pedindo que mais dinheiro seja desbloqueado para Riga. Tanto a Estônia quanto a Letônia estão registrando os piores números de sua economia desde a crise enfrentada pelo Leste Europeu durante o colapso da União Soviética, em 1991.

A terceira república báltica, a Lituânia, indicou no mês passado que seu PIB se contraiu 13,6% no primeiro trimestre em ritmo anual, a maior queda desde que as estatísticas oficiais começaram a ser publicadas, em 1995. Outro país que, como as repúblicas bálticas, entrou na UE em 2004, a Eslovênia entrou em recessão no primeiro trimestre deste ano, com uma redução do PIB de 6,4% em relação ao último trimestre de 2008, segundo daos publicados nesta terça-feira. Entre outubro e dezembro de 2008, a economia eslovena já havia se contraído 4,1%.

A Romênia, por sua vez, confirmou ter entrado em recessão no primeiro trimestre de 2009. Seu PIB caiu 4,6%, após um recuo de 3,4% no último trimestre de 2008. Outro país em recessão, a República Tcheca registrou seus piores dados em 16 anos, com uma contração de 3,4% do PIB no primeiro trimestre em relação ao último de 2008, quando caiu 0,9%.

Segundo as autoridades, os dados se deveram às cifras ruins do setor manufatureiro – concretamente, ao setor automotivo, fundamental para a economia tcheca. Na Hungria, que no ano passado recebeu 20 bilhões de euros em ajuda do FMI, do Banco Mundial e da UE, a recessão iniciada no último trimestre de 2008 se agravou, segundo números oficiais divulgados nesta terça-feira.

O PIB húngaro se contraiu 2,5% entre janeiro e março em relação ao trimestre anterior e 5,4% em ritmo anual, mais que o esperado pelos economistas.

A Polônia é o único país da região que resistiu à tendência de recessão no primeiro trimestre, registrando um crescimento de 0,4% em relação ao último trimestre de 2008 e um aumento de 0,8% interanual.

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