Resultante da subida do preço da castanha de caju no mercado internacional, as exportações moçambicanas daquele produto deverão incrementar em 16 milhões de dólares norteamericanos, até finais de 2010, atingindo USD 42,7 milhões, contra 26,7 milhões de dólares de 2006.
O incremento ficará a dever-se à melhoria do preço de compra daquele produto no mercado externo em 330 dólares norte-americanos por cada tonelada da castanha de caju colocada no mercado externo, segundo o Instituto de Fomento de Caju (INCAJU).
Nos últimos quatro anos, a produção anual da indústria de processamento da castanha de caju passou de 22 mil toneladas, em 2006, para 27 mil toneladas, em 2010, de acordo igualmente com INCAJU, acrescentando que o mesmo sector emprega neste presente ano cerca de nove mil assalariados, contra seis mil trabalhadores de 2006.
Contudo, devido à prevalecente crise financeira internacional despoletada em 2007, o número de fábricas de processamento de castanha de caju reduziu de 18 para 16 unidades em quatro anos, mas o INCAJU acredita que a crise não irá “travar a actual tendência de crescimento da produção do sector”, devido a acções de pulverização contra a doença de oídio e produção de mudas para distribuição pelos sectores produtivos.
Os inadequados sistemas de rega, ciclones, queimadas descontroladas, degradação das vias de acesso, altos custos de combustíveis e de energia eléctrica são constrangimentos que têm impedido um maior desempenho da indústria de processamento da castanha de caju em Moçambique, de acordo igualmente com o Instituto do Fomento do Caju.
