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Rebeldes pró-Rússia votam em líderes separatistas no leste da Ucrânia

Rebeldes pró-Rússia elegeram uma liderança separatista no leste da Ucrânia, este domingo (2), numa votação que o presidente Petro Poroshenko chamou de “farsa”. O electricista que se tornou líder rebelde, Alexander Zakharchenko, venceu com 81 por cento dos votos, de acordo com as pesquisas de boca de urna das eleições que pioraram a relação entre a Rússia e o Ocidente.

Os Estados Unidos e a União Europeia já haviam denunciado a ilegitimidade das eleições, mas a Rússia disse que reconheceria o resultado, o que agrava a crise que começou com o levante popular contra um presidente apoiado por Moscovo, em Fevereiro. Poroshenko disse que as eleições foi uma “farsa, (conduzida) sob barreiras de tanques e metralhadoras”.

“Espero que a Rússia não reconheça essas autodenominadas eleições, porque trata-se de uma clara violação do protocolo de Minsk de 5 de Setembro, que também fora assinado pelos representantes russos”, afirmou ele, referindo-se a um tratado de paz internacional cujo intuito era encerrar meses de batalha entre separatistas e tropas ucranianas.

Em Donetsk, ex-capital industrial e reduto político e militar dos separatistas, música soviética foi tocada nos autofalantes à frente de uma importante secção de votação, que tinha bandeiras separatistas em vermelho, preto e azul. Algumas das artilharias mais pesadas das últimas semanas foram ouvidas horas antes de a votação começar.

Os rebeldes afirmaram que mais artilharia foi ouvida ao norte de Donetsk durante a votação. Um militar ucraniano disse que três dos seus soldados foram mortos nas últimas 24 horas, dois deles numa explosão num ponto de vistoria perto da cidade de Mariupol, que está sob controle ucraniano.

Embora descumprido esporadicamente, o acordo de 5 de Setembro permitiu um pouco de normalidade em Donetsk, depois de a violência ter matado mais de 4000 pessoas.

Kiev disse que o acordo de Minsk, assinado por líderes rebeldes e representantes de Kiev, Rússia e da Organização por Segurança e Cooperação na Europa, determina que as eleições realizadas sob a lei ucraniana poderiam apontar apenas oficiais locais.

Mas o plano dos rebeldes de eleger líderes e instituições num território separatista de Donetsk e a vizinhança de Luhansk viola o acordo, afirmou Kiev.

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