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Rebeldes pró-Rússia adicionam tanques ao arsenal no leste da Ucrânia

Os rebeldes pró-Rússia na cidade de Snizhnye, no leste da Ucrânia, ergueram os punhos em solidariedade enquanto os tanques blindados camuflados passavam, danificando o asfalto e assustando as pessoas.

Os tanques atravessaram a cidade no meio de uma nuvem de fumaça sob saudações dos rebeldes, circularam uma das rotatórias no centro e afastaram-se rumo a um destino desconhecido.

Tampouco se sabe de onde partiram – se saíram da fronteira com a Rússia, como disse o ministro ucraniano do Interior, Arseny Avakov, ou se são de um armazenamento militar ucraniano, como afirmam os rebeldes.

Independentemente da resposta, os dois tanques vistos por correspondentes da Reuters são os armamentos mais pesados já vistos em mãos dos rebeldes que lutam para tirar os seus territórios autoproclamados no leste ucraniano da órbita de Kiev.

“Pegamos um depósito militar”, disse um dos rebeldes enquanto os tanques rodavam para fora do quartel-general improvisado dos separatistas no terreno de uma mina de carvão. “Não tirem fotos”, alertaram os rebeldes a jornalistas da Reuters. “Abaixem as câmeras!”

Qualquer indicação de que os tanques vieram da Rússia provavelmente aprofundaria as tensões entre Moscovo e o Ocidente na crise da Ucrânia, que criou o pior impasse com o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.

À medida que os tanques se distanciavam a tirar fumaça pelas ruas esburacadas da cidade, os populares fingiam não notá-los. Mas uma adolescente que trabalha num mercado começou a chorar com o barulho dos motores e teve que ser consolada por um cliente.

“Vai ficar tudo bem, querida”, disse a cliente Tatiana Suleimanov, de 40 anos, tentando confortá-la. Os separatistas, que chegaram à cidade de cerca de 45 mil habitantes no sábado e montaram barricadas de sacos de areia ao redor da mina, desdenham da insinuação do novo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, de que pode estar pronto para conversar se depuserem as suas armas.

“Nunca iremos depor as nossas armas. Só o faremos com uma condição, que eles nos deixem em paz”, afirmou um membro do que chamou ser uma milícia do povo de Snizhnye. “Esta é nossa terra.”

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