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Rebeldes explodem bombas no prédio do governo sírio em Damasco

Bombas colocadas por rebeldes explodiram num prédio escolar ocupado por milícias pró-governo em Damasco, Terça-feira (25), quando os líderes mundiais avaliavam o agravamento da crise na Síria numa reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas sem propostas para resolvê-la.

Os rebeldes que lutam para derrubar o presidente Bashar al-Assad têm usado cada vez mais bombas caseiras para alvejar os seus opositores, enquanto as forças do governo utilizam caças, artilharia e tanques.

“Exactamente às 9h35, sete artefactos improvisados foram detonados em duas explosões para alvejar uma escola usada para encontros semanais de planeamento entre a milícia shabbiha e oficiais de segurança”, disse Abu Moaz, líder do grupo rebelde Ansar al-Islam.

A revolta contra Assad já dura 18 meses. Os rebeldes afirmaram esperar que o ataque tenha matado autoridades do alto escalão da segurança, mas não deram um número de mortes. A mídia estatal informou que pelo menos sete pessoas ficaram feridas e os prédios sofreram danos leves.

Em Julho, uma grande explosão em Damasco matou autoridades do alto escalão. Os activistas afirmam que mais de 27 mil pessoas já morreram durante o levante sírio. As rivalidades geoestratégicas das potências regionais e mundiais, no entanto, provocaram um impasse em como resolver o conflito.

Os países do Ocidente e do Golfo Árabe estão do lado da oposição, enquanto o Irão, Rússia e China apoiam Assad. O Catar pediu que as potências mundiais preparem um “Plano B” para a Síria dentro de semanas e criem uma zona de exclusão aérea a fim de garantir protecção dentro país, caso o mediador internacional Lakhdar Brahimi não consiga promover avanços.

O primeiro-ministro do Catar, o xeque Hamad bin Jassim al-Thani, disse acreditar que os países árabes e europeus estão preparados a participar disso, apesar da relutância pública deles em comprometer-se com forças necessárias para uma missão como essa.

Falando da Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou o Irão de ajudar a manter uma ditadura no poder da Síria. “Assim como restringe os direitos do seu povo, o governo iraniano apoia um ditador em Damasco e grupos terroristas no exterior”, afirmou Obama referindo-se a Assad.

“Novamente declaramos que o regime de Bashar al-Assad deve chegar ao fim para que cesse o sofrimento do povo sírio e uma nova aurora possa começar.”

O conflito na Síria, iniciado como um movimento de protesto pacífico, transformou-se em guerra civil. O enviado especial da ONU ao país, Brahimi disse que o conflito está “extremamente mau e a ficar pior”. Ele afirmou que o impasse no país em breve deve encontrar uma “abertura”, mas não explicou o que quis dizer.

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