Uma aeronave militar do Quénia caiu no sul da Somália, esta quinta-feira (4), e embora a mídia queniana tenha dito que o acidente foi devido a problemas mecânicos, os rebeldes somalis afirmam ter abatido o avião.
A aeronave, que estava em missão de combate, caiu na região da cidade portuária de Kismayu, onde o Quénia tem soldados que foram enviados ao local como parte de uma força de pacificação da União Africana que enfrenta o grupo islâmico rebelde Al Shabaab.
“Atingimos o jacto queniano e o derrubamos. Ele estava a bombardear a cidade de Bulaguduud hoje (quinta-feira)”, disse o porta-voz do Al Shabaab para operações militares, xeique Abdiasis Abu Musab. “Nós o atingimos a usar um míssil”, afirmou ele, acrescentando que o piloto “queimou dentro dele”. Mais cedo, os jornais quenianos relataram a queda do avião da Força de Defesa do Quénia (KDF, na sigla em inglês), mas citaram uma falha técnica.
“Enquanto voltava de uma missão de combate em Jamaame (sul da Somália), a aeronave da KDF desenlvolveu problemas técnicos e caiu na área geral de Kismayu”, declarou o porta-voz da Força de Defesa, coronel David Obonyo, de acordo com uma reportagem do site do jornal Daily Nation, sem informar se houve baixas.
A Reuters não conseguiu entrar em contacto com Obonyo para confirmar. As tropas quenianas retomaram Kismayu, um porto estratégico do sul do país devastado pela guerra, de rebeldes do Al Shabaab em 2012.
O relato vem na esteira de dois ataques de militantes do Al Shabaab nas últimas duas semanas à região da fronteira norte do Quénia, nos quais mais de 60 cidadãos quenianos que não eram muçulmanos foram mortos.