Das 36.387 alunas matriculadas em diferentes subsistemas de ensino no distrito da Maganja da Costa, na província da Zambézia, 1.017 abandonaram os estudos, no primeiro trimestre do ano em curso, alegadamente devido a casamentos prematuros, a distâncias que separam as localidades e as escolas e à pobreza.
Naquela parcela do país foram inscritos, no presente ano lectivo, 87.724 alunos e assistidos por pouco mais de 1.500 professores, distribuídos em 197 estabelecimentos de ensino. Destes, quatro de nível secundários e um para o ensino técnico profissional, que entrou em funcionamento este ano.
Arvisco Hairon, director dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologias (SDEJT) na Maganja da Costa, explicou que o distrito iniciou o trimestre em causa com 36.387 raparigas, mas, infelizmente, vários motivos concorreram para que houvesse desistências. Segundo o dirigente, 408 alunas desistiram das aulas em igual período do ano passado.
Para além dos factores supracitados, que minam o processo de instrução, mormente das meninas, o abandono deveu-se à transferência dos pais e encarregados de educação das suas zonas de habitação sem no entanto informar às escolas por causa da procura de emprego noutras regiões tais como a cidade de Quelimane e Mocuba.
Nesse contexto, o governo distrital da Maganja da Costa, reunido na sua V sessão ordinária, orientou ao sector da educação para redobrar esforços com vista a evitar que as alunas, em especial, abdiquem das aulas, bem como para traçar estratégias de envolver os líderes comunitários na sensibilização das comunidades a não promoverem casamentos prematuros.