O ministro moçambicano da Educação, Zeferino Martins, anunciou, Sexta-feira última, em Maputo, que no ano lectivo, a iniciar nos próximos dias, cada professor do ensino secundário só terá até 50 alunos.
O governante não revelou a média nacional do actual rácio de alunos/professor no ensino secundário, mas sabe-se que em 2011, algumas escolas da capital do país tinham turmas com mais de cem alunos, podendo a situação ter sido mais grave noutros pontos do país, particularmente nas áreas rurais.
Falando a jornalistas na sequência do processo de matrículas que decorre, desde Terça-feira última, Martins disse que a redução do rácio de alunos/professor se enquadra nos esforços do Governo em garantir uma melhor qualidade do ensino.
“Este ano há uma directiva para que, ao nível do ensino secundário, a partir da 8ª classe, as turmas não tenham acima de 50 alunos. Se queseremos melhorar a qualidade temos que baixar o número de alunos por turma senão não é manejável”, disse o governante.
Do total de cerca de mais de um milhão, pouco mais de 220 mil são do ensino secundário, sendo 169.354 da 8ª classe e os outros 50.654 da 11ª classe.
Para responder ao desafio, o Ministério da Educação deverá recrutar mais 8,500 novos professores, que se irão adicionar as dezenas de milhares que se encontram a trabalhar em diversos níveis de ensino ao nível do país.
Entretanto, as vagas disponíveis no ensino geral, particularmente na 8ª classe, não serão suficientes para satisfazer a procura tendo em conta o elevado número de alunos graduados da 7ª classe bem como os reprovados naquela classe inicial do primeiro ciclo do ensino secundário.
Para esses casos, o MINED encoraja os alunos a também apostarem nos programas de ensino a distância, que este ano lectivo irão oferecer um total de 15 mil vagas em todo o país. Igualmente, o Governo encoraja os alunos a apostarem no ensino técnico profissional.