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“Vitória retumbante nas eleições não é boa para paz e democracia”, Filipe Couto

O padre Filipe Couto, professor universitário e quadro sénior do partido Frelimo, no poder em Moçambique há aproximadamente 40 anos, defende a necessidade de haver equilíbrio na “distribuição” dos votos durante as eleições que se avizinham como meio de se garantir o retorno e manutenção da paz e da democracia multipartidária no país.

Segundo Filipe Couto, que falava num encontro de organizações da sociedade civil havido recentemente em Maputo no qual se debatia papel destas no processo de retorno à paz, “vitória retumbante (tão proclamada pela Frelimo) não é boa porque cria desequilíbrio. O retumbante é a parte negativa da vitória”.

Para Couto, o que importa no processo eleitoral que se avizinha não é deixar a Frelimo “perecer”, mas sim evitar que ela tenha uma vitória retumbante. É igualmente importante que não se deixe a Renamo, maior partido da oposição, ficar em terceiro lugar “para que ela não fique raivosa”. Quanto ao MDM, disse que este começou sua actividade política “bem”, mas é preciso acautelar que tenha “subida soberba”.

O ex-reitor da maior e mais antiga instituição de ensino superior no país, a Universidade de Eduardo Mondlane, acredita que o equilíbrio de que fala será possível nas próximas eleições presidenciais, legislativas e das assembleias províncias, sendo que o mesmo será imposto pela população residente na zona rural.

“Quem vai trazer equilíbrio nos votos em Moçambique são as populações das zonas rurais. A população não vai permitir vitória retumbante, nem que o MDM tenha uma subida soberba, nem que a Renamo seja humilhada”, disse o padre num discurso mais baseado em convicções que em factos.

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