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Queimadas destroem postes de energia e telefonia móvel em Gorongosa

Pelo menos dois postes de energia eléctrica e simultaneamente de suporte de cabos de comunicação da Movitel, operadora privada de telefonia móvel, foram destruídas recentemente por fogo, resultante das queimadas descontroladas no distrito de Gorongosa, em Sofala.

Por causa disso, o distrito de Gorongosa permaneceu dois dias, semana passada, sem corrente eléctrica, sendo de referir que, além da desse dano e destruição da flora, há registo de um cabrito carbonizado na localidade de Púnguè.

O governador de Sofala, Carvalho Muária, que desde terça-feira visita aquele distrito, mostrou-se bastante preocupado com o nível que as queimadas descontroladas estão a assumir no distrito.

Carvalho Muária viu “in loco” vastas áreas destruídas pelo fogo e outras ainda em chamas ao longo da Estrada Nacional número um (N1) naquele distrito de Sofala, tendo considerado de preocupante o que está a acontecer às florestas.

“O distrito ficou dois dias sem corrente eléctrica, cabritos estão a morrer carbonizados, tudo por causa do homem. Qualquer dia o fogo irá vitimar o próprio homem” — lamentou Muária.

Num encontro que manteve com a população na localidade de Púnguè, ele apelou às comunidades rurais no sentido de abandonarem essa prática, pois concorre para a destruição dos recursos florestais.

“O capim e as árvores que queimamos de qualquer maneira são úteis na cobertura e construção de habitações. Os postes de energia e de telefone são infra-estruturas que nos ajudam a criar condições para melhoria das nossas vidas” — disse.

Explicou, na ocasião, que o dinheiro gasto na reposição dos postes destruídos pelo fogo seria usado na expansão das redes de energia eléctrica e de comunicação.

O administrador de Gorongosa, Paulo Majacunene, disse que as queimadas descontroladas constituem, de facto, um grande desafio à sua administração e exige das comunidades um redobrar de esforços na consciencialização contra tal prática.

Entretanto, não se sabe ainda a área devastada pelo fogo durante o primeiro semestre, mas tudo leva a crer que a situação pode tender a piorar porque não chove e o capim está seco.

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