Cerca de dois milhões de dólares norte-americanos é o que poderá constituir o prejuízo global causado por queimadas descontroladas em Moçambique até final do corrente ano de 2011, segundo estimativas avançadas pelo Ministério da Agricultura (MINAG).
De acordo com Milda Maússe, da Direcção Nacional de Terras e Florestas do MINAG, este valor representa o dobro de prejuízos provocados por aquele tipo de incidentes em 2009. Ela sublinhou que as áreas com florestas “estão à beira do colapso total”, devido, basicamente, às queimadas descontroladas.
Nampula, Tete e Zambézia são as regiões apontadas como as mais flageladas por aquele tipo de práticas que ocorrem em cerca de 73 mil hectares de florestas, segundo a nossa interlocutora que acrescentou que noutras regiões do país se nota uma nítida redução dos focos de queimadas descontroladas.
Para minimizar os efeitos desta situação está em curso um trabalho de sensibilização dos camponeses para deixarem a prática, mas “este trabalho não tem surtido efeitos desejados, porque as queimadas descontroladas já são uma prática enraizada nas mentes dos camponeses que as praticam na procura de ratazanas e outros animais para alimentação”.
A sensibilização decorre em paralelo com acções de delimitação das potenciais áreas de prática de queimadas descontroladas por forma a que os prejuízos não venham a ser maiores, “ou que não haja nenhum dano, como é o nosso desejo”, realçou Milda Maússe.