Quatro agentes da Guarda Nacional morreram terça-feira num ataque atribuído a “terroristas” na região de Kasserine, perto da fronteira argelina, anunciou no mesmo dia o ministério tunisino do Interior.
Num comunicado lacónico divulgado na madrugada da terça-feira na sua página oficial Facebook, o Ministério indica que pormenores sobre este ataque serão fornecidos mais tarde.
Segundo a rádio Mosaique, do mesmo país, assaltantes fugiram depois de terem roubado armas e o veículo em seguiam foi encontrado destruído. A operação decorreu na noite de terça à quarta-feira na zona de Boulaba, entre as montanhas de Samema e Chaambi, a alguns quilómetros da fronteira com a Argélia.
Grupos de jihadistas pertencentes, na sua maioria, à organização Ansar Al Sharia, ligada ao grupo Al Qaida para o Magrebe Islâmico (AQMI), entrincheirados há perto de dois anos nestas montanhas, levaram a cabo vários ataques que fizeram dezenas de mortos alguns dos quais degolados, entre soldados e agentes da Guarda Nacional.
O ataque ocorreu na altura em que as forças tunisinas estão de alerta ao longo da fronteira líbia, mais no sul, para fazerem face a eventuais confrontos provenientes da Líbia onde a situação se deteriorou depois dos raides aéreos efetuados pela aviação egípcia contra posições da organização do Estado Islâmico (Daech, em árabe) em reação à decapitação de 21 coptas (cristãos) egípcios, sequestrados em janeiro último na Líbia.
Segundo o embaixador egípcio em Túnis, Aymen Jameleddine Machrefa, o Egito prepara-se para instaurar uma ponte aérea com vista a evacuar os seus cidadãos da Líbia cujo número se estima em cerca de 200 mil pessoas, por via terrestre de Ras Jedir.