Quase um quarto dos eleitores potenciais do Níger – 1,5 milhão de pessoas – será impedido de exercer o seu direito de votar na eleição presidencial do próximo mês, disse o governo, depois de políticos não chegarem a acordo sobre um sistema para registá-los.
Por os eleitores não terem documentação para provar sua identidade, a Comissão Eleitoral Nacional Independente propôs um sistema de utilização de testemunhas. Mas políticos não conseguiram aprová-lo numa reunião na sexta-feira.
“Não houve consenso entre a classe política e, portanto, 1,5 milhão de nigerinos não podem exercer o seu direito de voto em 21 de fevereiro”, disse Alkassoum Indatou, porta-voz da maioria presidencial, na televisão estatal na noite de sexta.
Não houve reacção imediata das autoridades eleitorais ou de grupos de direitos humanos que acusam regularmente o governo de repressão sobre a oposição. Os principais partidos de oposição confirmaram o impasse, dizendo que alguns políticos se recusaram a aceitar os eleitores porque a lei eleitoral do país exclui voto por testemunha. Não ficou claro se os problemas afectariam algumas partes do país ou blocos políticos mais do que outros.