A Venezuela prendeu 794 pessoas desde meados de Agosto por supostamente contrabandear produtos básicos e combustível subsidiados para países vizinhos, no meio duma campanha do presidente Nicolás Maduro para reduzir a escassez que tira o sono dos venezuelanos.
Foram colocadas atrás das grades 631 pessoas, outras 119 ganharam liberdade enquanto esperam julgamento e 25 ainda aguardam audiência, explicou a directora-geral contra a Delinquência Organizada do Ministério Público, Yuraima Gil.
“O maior número de pessoas detidas foi registado em Zulia (oeste do país, na fronteira com a Colômbia), onde 477 detidos foram contabilizados”, disse Gil a uma rádio, esta quinta-feira.
Como parte da sua campanha para acabar com o contrabando de alimentos e combustível subsidiados para a Colômbia e algumas ilhas do Caribe, Maduro determinou em Agosto o fecho noturno da fronteira colombo-venezuelana, e anunciou um sistema de detectores de impressão digital que restringe a compra de produtos escassos nos supermercados estatais.
Os opositores ao presidente socialista dizem que o contrabando tem crescido nos últimos anos devido à cumplicidade entre as Forças Armadas da Venezuela e os contrabandistas.