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“Temi pela vida em todos os dias do genocídio”, diz herói do “Hotel Ruanda”

Passados 20 anos desde o genocídio em Ruanda, Paul Rusesabagina, que ficou conhecido por salvar mais de 1.200 pessoas do massacre coletivo e inspirou o filme “Hotel Ruanda” (2004), admitiu que temeu por sua vida “todos os dias”.

Aproximadamente 800 mil pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), foram assassinadas no genocídio de 1994, a maioria da etnia tutsi, atacada por seus vizinhos extremistas hutus, que usaram o facão como principal arma de extermínio.

Nos quase três meses desse banho de sangue, Rusesabagina, de 59 anos, trabalhou como gerente do Hotel des Milles Collines, em Kigali, onde se refugiaram 1.268 pessoas que livrou da morte graças ao “poder das palavras”, segundo confessou em entrevista feita a partir de um questionário enviado por escrito.

Opositor do polémico presidente de Ruanda, Paul Kagame, Rusesabagina – um hutu casado com uma tutsi – hoje em dia vive exilado entre a Bélgica e os Estados Unidos, onde criou uma fundação que promove a reconciliação para evitar futuros genocídios.

O ex-gerente do hotel, encarnado no filme pelo ator americano Don Cheadle, lamenta não poder assistir na próxima segunda-feira na capital ruandesa ao ato oficial pelos 20 anos do massacre, presidido por Kagame.

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