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“Homem biônico” é apresentado no museu de Washington

Um inovador “homem biônico” que fala e anda, construído inteiramente com partes corporais sintéticas, foi apresentado, quinta-feira (17), no Museu Nacional Aeroespacial Smithsonian, em Washington. O robô com rosto humano foi fabricado pela empresa londrina Shadow Robot Co. para demonstrar avanços da medicina na criação de partes de corpos e órgãos sintéticos.

“Isto não é um golpe de propaganda. É um desenvolvimento científico real”, disse o director do museu, John Dailey. Com 1,83m de altura de 77 quilos de peso, o robô é o protagonista de um documentário de uma hora produzido pelo Smithsonian Channel, chamado “The Incredible Bionic Man” (“o incrível homem biônico”), que vai ao ar no domingo.

A ideia do “homem biônico” inspirou a ficção científica na década de 1970, quando a série de TV “O Homem de Seis Milhões de Dólares” mostrava as aventuras de um personagem chamado Steve Austin, um ex-astronauta que havia tido o corpo reconstruído com partes sintéticas depois de quase morrer. O robô exposto no museu custou 1 milhão de dólares e foi feito com 28 partes artificiais emprestadas por empresas biomédicas inovadoras. Isso inclui um pâncreas, pulmões, baço e sistema circulatório.

Muitos dos componentes ainda são protótipos em estágio inicial. “A ideia do projecto é juntar todas as partes sobressalentes que já existem hoje para o corpo humano hoje – uma peça. Se você fizesse isso, como ficaria?”, disse Bertolt Meyer, psicólogo social da Universidade de Zurique e apresentador do documentário. O robô foi construído à imagem e semelhança do próprio Meyer, que nasceu sem uma mão e usa um membro mecânico. Ele demonstrou o homem biônico fazendo-o dar alguns passos desajeitados e colocando o seu sangue artificial para correr no sistema circulatório transparente.

“Ele parece real. É meio esquisito” comentou o turista Paul Arcand, que visitava o museu com a esposa. O rosto do robô não tem expressão, e ele praticamente não tem pele. O homem biônico é controlado remotamente por computador, e conexões sem fio Bluetooth foram usadas para operar os seus membros. A criação tem uma inteligência artificial limitada a um programa “conversador”, semelhante ao assistente Siri do iPhone, segundo Robert Warburton, engenheiro de design da Shadow Robot.

“As pessoas que o fizeram decidiram programá-lo com a personalidade de um menino de 13 anos da Ucrânia”, contou ele. “Então, não é realmente a mais educada das pessoas para se conversar.” A montagem começou em Agosto de 2012 e levou três meses. O robô já havia feito uma aparição na semana passada na convenção de cultura pop Comic Con, em Nova York, e ficará exposto no museu de Washington até Dezembro.

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