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“Faraónico” Gedo sai do banco para dar título ao Egipto

O Egipto, única seleção entre as semifinalistas da CAN que não participará do Campeonato do Mundo de Futebol na África do Sul, reivindicaram o título de melhor equipe do continente ao conquistarem pela sétima vez a Copa Africana de Nações.

Na final dos campeões, o Egipto superou o Gana, num pormenor chamado Gedo, autor do único golo da partida disputada no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, aos 85 minutos, pouco depois de ter rendido, aos 69, Meteeb, e garantiu aos Faraós o sétimo título africano das nações em futebol. Marcado por uma postura táctica excepcional de ambas equipas, o jogo registou momentos de alegria e classe de duas selecções que souberam dignificar o último desafio da 27ª edição da Taça das Nações, embora as Estrelas Negras tenham dominado em dado período os tricampeões continentais.

Se nos encontros anteriores os egípcios sempre asseguraram a vitória por mais golos, hoje os 50 mil espectadores tiveram de esperar pelo talismã Nagy Mohamed Gedo, que provou mais uma vez ter sido o “trunfo” do seleccionador Hassan Shehata. Foi a quinta vez que este avançado saiu do banco para marcar, nos seis jogos invictos disputados pelo Egipto no CAN. Com uma festa assinalada pelo equilíbrio, o Gana pode queixar-se de si mesmo, pois contrariamente ao Egipto, teve mais oportunidades para mudar o curso da história, seja por Gyan, um dos destaques da partida, bem como Gedo.

O golo foi resultado de uma jogada de Gedo com o companheiro de equipe Mohamed Zidan, jogador do Hamburgo da Alemanha, quando Gedo, após um passe de Zidan, mandou a bola no canto do golo de Richard Kingson. Gedo, com apenas oito convocações à seleção dirigida por Hassan Sherata, jogou seis vezes na competição, marcando cinco golos e se tornando o maior artilheiro desta edição. Além disso, para o Egipto, esta foi a décima nona partida invicto na competição africana.

Mas durante o jogo os egípcios tiveram dificuldades frente aos ganeses, que se mostraram muito mais dinâmicos que em outros encontros. Era como se os papéis se tivessem invertido, já que o Egipto não parecia a mesma equipeque derrotou na semifinal a Argélia por 4 a 0, enquanto Gana passava uma imagem melhor do que na última partida, quando sofreu para derrotar a Nigéria por 1 a 0.

Os “Faraós” mostraram pouca imaginação e técnica com a bola nos pés. Provavelmente, os jogadores começavam a sentir o cansaço acumulado, somado pelo forte calor e pelas sete horas e meia de viagem entre Benguela e Luanda.

Os “Black Stars” lutaram por todas as bolas divididas, com atuação excelente de Anthony Annan na recuperação de bolas e de Asamoah Gyan controlando a saída dos egípcios no meio de campo. Assim, tiveram algumas oportunidades de golo, mas não conseguiram finalizar nenhuma delas onde El Hadary, guarda-redes do Egipto, anulou as investidas de Gyan. Nesta altura, a dez minutos dos noventa, as equipas passaram a pressionar mais. Faltava apenas o golo, pois as jogadas de parada e resposta de ambas selecções eram mais insistentes..

A frieza táctica foi rompida pelo suplente mais importante da prova que, num momento, acertou no alvo, no minuto exacto, com um golo na sequência de contra-ataque, e conseguiu travar a “classe juvenil” mais astuta dos ganenses.

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