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Putin diz que rivais planeiam baixa eleitoral na Rússia

O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, disse que os seus inimigos planeiam fraudes e até homicídios para macular as eleições presidenciais de Domingo, na qual ele tem amplo favoritismo. Os assessores de Putin esperam que uma vitória significativa esvaziará os protestos dos últimos meses, nos quais Putin é acusado de autoritarismo e corrupção.

Falando aos funcionários da sua campanha em Moscovo, Putin disse que os seus adversários tentarão invalidar o pleito, e sugeriu que os inimigos do exterior não identificados cometerão atentados contra figuras da oposição para gerar turbulências na Rússia.

“Certos mecanismos serão usados para mostrar que as eleições foram falsificadas”, disse Putin, que domina a política russa há 12 anos, primeiro como presidente, depois como primeiro-ministro.

“Desculpe pela frase, mas eles vão ferrar alguém e aí vão colocar a culpa nas autoridades. Esse tipo de gente está preparada para fazer qualquer coisa. Não estou a exagerar”, acrescentou.

O primeiro-ministro, que, esta semana, minimizou um suposto complexo para matá-lo, não citou provas das suas acusações, mas estava claramente a tentar implicar empresários ricos que fugiram da Rússia durante a sua passagem pela presidência (2000-2008), principalmente para a Grã-Bretanha ou Israel.

As pesquisas mostram que Putin deve conquistar um mandato presidencial de seis anos, Domingo, mas também indicam uma crescente insatisfação com seu domínio político.

Desde o início da onda de protestos, motivada por suspeitas de fraude nas eleições parlamentares de Dezembro, Putin tem misturado promessas de reforma política, piadas grosseiras e agressões verbais contra os Estados Unidos, no estilo da Guerra Fria.

Por outro lado, ele é alvo diário de sátiras na Internet, onde circulam centenas de caricaturas, vídeos e piadas retratando-o como um autoritário ultrapassado.

“A campanha foi tempestuosa, mas espero que não haja mais desmandos. Realmente espero. Ela está a chegar ao fim, graças a Deus”, disse o governante, de 59 anos.

Os líderes dos protestos, um difuso conjunto de políticos, activistas, jornalistas e blogueiros, dizem que Putin ainda não atendeu nenhuma das suas exigências, como uma repetição das eleições parlamentares de 4 de Dezembro e a demissão do chefe da comissão eleitoral.

Há manifestações programadas para a próxima Segunda-feira, e os seus organizadores dizem que as eleições presidenciais não poderão ser legitimadas porque Putin não permitiu uma disputa em pé de igualdade com os candidatos da oposição.

Esta Quarta-feira, a polícia impediu um grupo ligado ao blogueiro Alexei Navalny de distribuir tendas para que os activistas acampem no centro de Moscovo.

“Os manifestantes apresentaram exigências claras e concretas. Nenhuma delas foi atendida”, disse Navalny ao canal de TV Dozhd, Terça-feira.

“Um dia as pessoas devem sair às ruas e ficarem até que as suas exigências sejam atendidas. Para isso existem as tendas.”

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