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Florestas de Nampula as mais desmantadas do país

Nampula lidera a lista das províncias do país que se encontram na situação crítica em matérias de desmatamento florestal, uma situação que preocupa os sectores do governo e privado que trabalham em prol da conservação, maneio sustentável das plantas e sequestro do carbono.

O facto, que deriva do incumprimento das sensibilizações feitas pelo Estado, ONG´s e a sociedade civil sobre o impacto negativo do desmatamento das florestas, foi revelado, na cidade de Nampula, no início do seminário regional de formação de funcionários das direcções provinciais de Coordenação da Acção Ambiental, Obras Públicas e Habitação de Niassa, Cabo Delgado e Nampula, além de membros das Organizações Não Governamentais, sector privado e sociedade civil em matérias atinentes à redução de emissões de gases de efeitos de estufa por desmatamento e degradação florestal.

De acordo com Adelino Afonso Manuel, chefe do departamento de gestão ambiental na direcção provincial de Coordenação da Acção Ambiental de Nampula, foram já identificadas, neste momento, áreas consideradas piloto, que são as reservas florestais de Mossuril e Mecuburi.

Garantiu, ainda, que depois da aprovação do plano estratégico daquele sector pelo Conselho de Ministros, serão levadas a efeito acções de sensibilização para o reflorestamento e mudança de atitude ao nível das comunidades.

Dados divulgados naquele encontro, que hoje termina, prevêem uma subida da taxa de desmatamento florestal de 0.58 % para 1.4 % anual até 2025.

Referiu, por outro lado, às queixas das comunidades em relação à escassez de água nos poços tradicionais, de solo favorável para a prática da agricultura e das longas distâncias que são obrigadas a percorrer na busca de lenha, principal fonte de energia no meio rural.

Num outro desenvolvimento, a fonte instou aos participantes no sentido de desenvolver actividades de réplica nos órgãos de proveniência e de trabalhar conjuntamente com o governo para a melhoria do meio ambiente.

Dentre várias medidas de adaptação preconizadas para o aumento da resistência dos ecossistemas florestais, há a destacar o uso de espécies ou variedades com maior tolerância às queimadas, manejar ou reduzir as queimadas descontroladas, insectos, risco de cheias através de desbastes, remoção de material morto, ajuste da exploração e processamento da madeira para o uso das diferentes qualidades, aumento da matéria orgânica no solo incluindo a prática de agroflorestas e intensificação das actividades de fiscalização das companhias madereiras.

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