Pelo menos sete pessoas morreram nesta segunda-feira quando manifestantes liderados por membros da casta dalit da Índia atearam fogo em postos da polícia e bloquearam trilhos de ferrovias porque a Suprema Corte impediu a prisão imediata de pessoas acusadas de discriminá-los, informou a mídia local.
Quatro pessoas foram mortas no Estado central de Madhya Pradesh, onde a polícia também impôs um toque de recolher, noticiaram canais de televisão indianos. Três outras foram mortas em outros Estados, segundo a mídia local.
A Reuters não conseguiu confirmar o saldo de mortes de forma independente.
O governo do primeiro-ministro, Narendra Modi, submeteu uma petição de revisão à Suprema Corte nesta segunda-feira, pedindo que o tribunal reveja o julgamento de 20 de março que desencadeou os protestos, disse o ministro de Assuntos Internos, Rajnath Singh, em uma entrevista à TV.
Os dalits estão no último lugar da antiga hierarquia de castas da Índia, e juntamente com as chamadas tribos relacionadas – povos indígenas muitas vezes isolados ou desprestigiados – formam cerca de um quarto da população. Os manifestantes portavam cartazes exigindo uma paralisação nacional com o argumento de que o veredicto está enfraquecendo a lei.
A televisão local mostrou policiais espancando manifestantes e uma pessoa não-identificada disparando tiros. Em Haryana, Estado do norte indiano, manifestantes também incendiaram postos da polícia e atacaram lojas.
Houve relatos de violência em outros Estados, como Rajasthan, Uttar Pradesh, Jharkhand e Biha. Provas foram adiadas e serviços de internet foram suspensos devido aos confrontos no Punjab.