Os governos de Moçambique e Malawi estão em consultas com vista a aumentar o nível de prospecção petrolífera no Lago Niassa, espaço hídrico que faz fronteira entre os dois países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O Ministro malawiano da Energia e Minas, Cassim Chilumpha, que falava numa entrevista concedida ao Jornal “Daily Times, disse que a medida visa evitar acidentes diplomáticos semelhantes aos sucedidos com a Tanzânia, logo após o início da prospecção petrolífera no lago cujas águas banham os três países.
O ministro adiantou igualmente que o Executivo malawiano está a ser cauteloso na atribuição de blocos as empresas interessadas na prospecção petrolífera, atendendo a que esses blocos ficam próximos da fronteira comum com Moçambique, segundo a Rádio Moçambique (RM), emissora pública.
Quando o Malawi anunciou, em 2010, que iria conceder licenças, as empresas Surestream, Sankara, Ophir, SacOil, Tillow e Lonrho apresentaram propostas mas, após uma pré-selecção que escolheu a Surestream, Sankara e a SacOil, apenas a Surestream obteve uma autorização para a prospecção petrolífera no lago.
Em Setembro último, o director do Departamento de Levantamento Geológico, Leonard Kalindekafe, disse a jornalistas que tinham sido delimitadas seis áreas para prospecção petrolífera, algumas das quais no Lago Niassa.