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Prorrogado prazo de entrega da avenida Julius Nyerere, cuja qualidade é duvidosa

Britalar “congela” reinício das obras na Av.Julius Nyerere devido a dívida do município de Maputo

O Conselho Municipal de Maputo anunciou a prorrogação, pela terceira vez, do prazo de entrega das obras de reabilitação da avenida Julius Nyerere, agora para Fevereiro de 2014. Para além do atraso é duvidosa qualidade da obra que em vários sectores já reabilitados apresenta buracos.

As obras de reabilitação da avenida Julius Nyerere iniciaram em 2011 e, inicialmente, estava previsto que as mesmas estivessem concluídas até Dezembro de 2012.

Recorde-se que em Janeiro deste ano, durante o período chuvoso, parte desta avenida que passa por uma das zonas mais nobres da capital moçambicana, foi arrastada pelas águas que criaram um verdadeiro rio e mostrando que o trabalho de drenagem inicialmente executado não estava em condições.

Entretanto esta semana o director de Infra-estruturas na cidade de Maputo, Vidigal Rodrigues, afirmou que as obras estão a decorrer a bom ritmo e que a construção das drenagens está a 95 por cento de execução.

Questionado sobres as anomalias que se verificam em alguns pontos já pavimentados, Vidigal Rodrigues explicou que foram colectadas amostras para um estudo laboratorial, a ser realizado por três entidades diferentes, para se apurar as causas da danificação da via, para consequente responsabilização a quem de direito, e “dentro de 15 a 20 dias teremos os resultados”, garantiu o director.

Na sua intervenção, o empreiteiro da empresa portuguesa Britalar, responsável pelas obras, Alexandre Almeida, garantiu que a construção da avenida foi conforme o projecto e a questão da degradação da mesma preocupa a todos os envolvidos na reabilitação da estrada. O empreiteiro reiterou a necessidade de se contactar entidades independentes para se apurar os reais responsáveis pela degradação da via em alguns troços.

Esta rodovia foi destruída pelas chuvas do ano 2000 num dos seus troços, e a sua reabilitação esta orçada em cerca de 12.5 milhões de dólares norte-americanos, financiados conjuntamente pelo Banco Mundial e Conselho Municipal da Cidade de Maputo.

No projecto inicial o troço da avenida em reabilitação, a partir da rotunda da Praça do Destacamento Feminino até à Praça dos Combatentes, deveria ter ter duas faixas de rodagem, um separador central e passeios em ambos lados da rodovia contudo não é isso que se vislumbra nas obras já realizadas onde a segunda faixa tem sido ocupada pelos centenas de viaturas, de moradores e trabalhadores, que todos os dias ali estacionam colocando em causa reduzindo a capacidade de escoamento do tráfego automóvel nesta via que deveria melhorar a entra e saída da cidade capital de Moçambique.

 

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