O prazo para a conclusão da empreitada de construção da Terminal Temporária de Carvão do Porto da Beira apresenta-se seriamente comprometido – conforme a nossa reportagem pode observar no terreno.
A obra devia estar concluída até finais deste mês de Julho, conforme o calendário inicial reiterado durante a visita que o Primeiro-Ministro do Governo de Moçambique, Aires Aly, efectuou ao recinto no segundo trimestre deste ano.
A nossa reportagem deslocou-se, semana passada, ao recinto onde o terminal está a ser erguido, tendo constatado que ainda há muito trabalho que está a ser realizado, não sendo possível o empreiteiro concluir a obra no prazo previsto.
A empreitada está a ser executada pela construtora brasileira Odebreacht, uma das mais cotadas no ranking de engenharia planetário.
No Brasil, país que tem estado a avançar bastante no ranking da engenharia, de onde é originária, a Odebreacht é a maior construtora durante vários anos consecutivos.
Uma autoridade que actua no Porto da Beira disse ao O Autarca na sua previsão nem este ano a empreitada poderá estar concluída, estimando até Março de 2012 possa vir a ser possível.
No terreno a nossa reportagem viu ainda há muito trabalho por realizar tanto na edificação da própria estrutura do terminal e a instalação de equipamentos.
Também vimos os dois segmentos estão a ser executados em simultâneo, podendo-se observar algum avanço na montagem do equipamento rolante que vai transportar o carvão do local do depósito até o cais número oito onde os navios estarão atracados.
A distância entre os dois pontos, segundo estimativas de um Engenheiro que trabalha no Porto da Beira, é de aproximadamente um quilómetro, faltando ainda um percurso maior por colocar o tapete.
A construção da Terminal Temporária de Carvão do Porto da Beira, orçada em 43 milhões de Dólares, está a ser financiada pelas empresas CFM-EP, Vale e Riversdale, estas últimas que estão envolvidas na exploração do carvão mineral de Moatize.
Enquanto o terminal que vai permitir o manuseamento do carvão no Porto da Beira com recurso a tecnologias modernas não fica concluído, vai se recorrer a operações rudimentares com maior recurso a pás.