O projecto de abertura de 17 furos de água no distrito de Eráti, cuja conclusão está prevista para finais do ano em curso, corre o risco de ficar comprometido devido aos problemas geofísicos com que a região se debate. Agostinho Chelua, administrador do distrito de Eráti, refere que para o prosseguimento do projecto de abertura de furos de água, ainda dispõe de um valor de 4 milhões de meticais, remanescente da rescisão do contrato contraído com a AFRODRIL, devido à incapacidade técnica desta empreteira.
Dados em poder do nosso jornal referem que, dos dez furos abertos desde que o processo de pesquisa arrancou no mês de Setembro, apenas um obteve aprovação. Um dos técnicos da Cruz Vermelha de Moçambique, instituição adjudicatária das obras em causa, confirmou o constrangimento ao nosso jornal, anotando que tal situação acontece em todos povoados planificados para a abertura de furos.
De acordo com o aludido técnico, os constrangimentos em causa estão a fazer com que o projecto gaste avultadas quantidades de combustível para a máquina envolvida nas perfurações de pesquisa. Agora, somos obrigados a interromper os trabalhos por causa do tempo chuvoso que se avizinha.
Observou Ao que apuramos, a população da vila sede do distrito de Eráti, estimada em três mil pessoas, continua a consumir água imprópria, para além de ter de percorrer diariamente mais de cinco quilómetros para a sua aquisição. Segundo estatísticas, os actuais níveis de abastecimento de água ao distrito de Eráti situam-se em 27 por cento contra 9 por cento de 2005.