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Programas do Gapi são de inestimável impacto nas populações mais vulneráveis

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“É ainda um desafio fazer chegar apoio, sobretudo financeiro a operadores do sector informal. Programas como este, conduzidos pela Gapi e OIT, são de inestimável impacto nas populações mais vulneráveis, sobretudo nas mulheres. Por isso, queremos endereçar uma palavra de apreço e agradecimento a todos que fizeram esse programa acontecer que, com meios não tão grandes, puderam fazer uma diferença na população que estava na pobreza extrema” – considerou Kajsa Juhansson, primeira secretária da ASDI – Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional, durante uma visita de campo às intervenções do PRODEM – Programa de Desenvolvimento de Mercados Periurbanos, no Xiquelene em Maputo e Umpala, em Boane.

Através do PRODEM já foram desembolsados 14 milhões de meticais que beneficiaram 268 vendedores nestes dois mercados e outros 40 no Município de Vilankulo. Esta iniciativa concebida pela Gapi inclui três instrumentos: primeiro, disponibilizar o acesso à informação através de plataformas digitais, como forma de contribuir para a formalização destes operadores; segundo, providenciar serviços  de capacitação em gestão de negócios aos gestores  do  mercado  bem  como  aos operadores,  para  tornar  os  mercados sustentáveis e expandir os seus negócios; e terceiro, disponibilizar  serviços  financeiros aos  operadores  dos  mercados,  de modo  a incentivar e a formalização  dos micronegócios  aí  operando e facilitar o acesso a capital circulante para aumentar o  volume  de  negócios.

Na componente de concessão de microcréditos nestes mercados, a Gapi promoveu a participação da “Caixa Mulher”, um micro banco resultante de uma parceria entre a Ntamu – uma associação de mulheres baseada em Maputo – e a Gapi.

Durante a visita, o presidente da Comissão Executiva (PCE) da Gapi, Adolfo Muholove, explicou que o PRODEM “faz parte da nossa missão que é, também, de promover a inclusão financeira, através da criação de instituições financeiras locais que, devido à proximidade geográfica e cultural, cria serviços e produtos que respondem às especificidades dos empreendedores e empresários locais”.

Rosita Alberto, líder da Ntamu e PCA da Caixa Mulher, recordou ter “contactado a Gapi para, em conjunto criarmos uma instituição que financiasse as mulheres, uma vez que, na altura, uma mulher para ter crédito tinha de ter autorização de um homem, e isso incomodava muitas mulheres, foi assim que criámos a Caixa Mulher. É só pra mulheres? Não, é para todos de baixa renda, mas como as pessoas de baixa renda são a maioria mulheres, elas são as maiores beneficiárias dos nossos serviços que incluem a poupança. Estamos muito felizes pelo trabalho com a Gapi que nos incluiu nesta missão de resgatar e apoiar os negócios destes vendedores”.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) financia o PRODEM, no âmbito do MozTrabalha, um projeto co-financiado pela ASDI para apoiar a implementação da Política de Emprego de Moçambique, para permitir que os parceiros sociais alcancem o objectivo de criar mais e melhores empregos para todos os moçambicanos: “O nosso objectivo é criar oportunidades de emprego digno para jovens moçambicanos que residam nas zonas rurais e contribuir também para o desenvolvimento económico, em alinhamento com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, considerou Eduardo Viera, representante da OIT no evento.

“Com o surgimento da COVID-19, a ASDI não hesitou em adicionar recursos para o MozTrabalha, foi desse jeito que conseguimos fazer várias intervenções, como a produção de equipamento de protecção da COVID, distribuição de máscaras nos mercados, acessoramento técnico, construção de casas de banho e uma das coisas mais importantes foi o apoio financeiro ao nosso parceiro Gapi, que faz muita diferença e está a tirar da pobreza extrema e dar possibilidade às pessoas de prosperarem”.

César Cunguana, representante do Município de Maputo, apelou à expansão desta intervenção a outros mercados da Capital, porque “esta informação acabou passando para todos mercados e há pressão para se chegar lá. Em nome do município, agradecemos pela criação desta oportunidade de alavancar os negócios dos vendedores que, associado à adesão destes ao mecanismo de segurança social, vai ajudar os vendedores e contribuir para que os que operam nas ruas, ou vias, se mudem para os vários mercados que tem disponibilidade para acolher os vendedores”.

Rui Amaral, coordenador do PRODEM, apelou ao cumprimento rigoroso das obrigações, por parte dos beneficiários, “de modo a tornarmos estes valores num fundo rotativo para abranger mais pessoas. São, na maioria créditos de curta duração, com taxas de juro de 1.5% ao mês, portanto, acessível aos beneficiários”.

Anatércia Vembane vendedora de bolachas em atacado, que recebeu 30 mil meticais: “Agradeço o financiamento que melhorou bastante o meu negócio. Não só recuperei, como o valor ajudou-me a aumentar, e também agradecer à Gapi que me deu boas dicas de como usar o valor, para mim foi muito importante, porque aprendi como adquirir e gerir mercadoria para a minha loja. Muito obrigado”.

Felicidade Dimande, vendedora de cabelos e objectos de adorno e beleza feminina e beneficiária de 200 mil meticais: “É de louvar a iniciativa, porque veio responder a muitas preocupações que temos, causadas pela Covid-19, que afectou muito o negócio. Graças a Deus, chegou a Caixa Mulher e a Gapi e estou aqui a trabalhar, e espero crescer mais”.

Pedro Abílio, vendedor de refeições e beneficiário de 50 mil meticais: “Eu praticamente havia fechado. Com a pandemia e consequente redução da circulação de pessoas, quase ninguém vinha tomar as suas refeições aqui. Estes fundos que a Caixa Mulher e seus parceiros  nos trazem, nos ajudam muito”.

Representante da AMOPSI – Associação Moçambicana de Operadores e Produtores do Sector Informal: “Representando os nossos associados, agradecemos a intervenção destas instituições, pese embora ainda só estejam neste mercado, temos esperança de que expandam esta iniciativa para outros mercados, porque tem muita gente que quer o financiamento”.
Representante da ASSOTSI – Associação dos Operadores e Trabalhadores do

Sector Informal: “Em nome das Associações e do mercado, sentimo-nos orgulhosos em ser os primeiros da Cidade de Maputo, aqui em Xiquelene. Gostaríamos que mais mercados fossem abrangidos, mas antes disso, devemos estudar e verificar as melhorias, contudo, no fundo estamos satisfeitos com tudo. Agradecer a Embaixada da Suécia, a Gapi, OIT, Caixa Mulher e o Município, porque sentimos que estamos um pouco aliviados com este projecto, dado que, desde que quando chegou a pandemia estava tudo parado”.

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