Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Programa financeiro do FMI “só depois das Eleições” Gerais de 2019

Programa financeiro do FMI “só depois das Eleições” Gerais de 2019

Foto de Adérito CaldeiraO Representante do Fundo Monetário Internacional em Moçambique revelou ao @Verdade estão sanadas as questões do misreporting relativas às dividas ilegais contudo um novo Programa financeiro “só depois das Eleições” Gerais de 2019.

A descoberta das dívidas ilegais da Proindicus e MAM ditou em Abril de 2016 a suspensão do Programa de apoio financeiro do FMI que na altura havia disponibilizado uma linha de crédito de 282,9 milhões de dólares norte-americanos.

Além disso, em Novembro de 2016, e como corolário do secretismo que o Governo envolveu essas dívidas, o Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional(FMI) decidiu reprovar todas avaliações macroeconómicas que havia elaborado desde 2010.

Seguiu-se a suspensão do apoio financeiro ao Orçamento do Estado por parte dos Parceiros de Cooperação e a redução do Investimento Directo Estrangeiro que minguou até 1,2 bilião de dólares no ano passado.

Todavia, e depois da pressão para a realização da Auditoria às estatais Proindicus, MAM e EMATUM e da posterior exigência para o preenchimento das lacunas que ficaram no relatório da Kroll, desde o início de 2018 que o FMI suavizou o seu discurso.

Aliás a última missão que visitou o nosso país, em Novembro passado, até já não referiu as lacunas por preencher na auditoria da Kroll e até acolheu “com agrado os esforços contínuos da Procuradoria-Geral da República, em cooperação com os parceiros de desenvolvimento, para trazer responsabilização relativamente à questão das dívidas anteriormente ocultas”.

Entrevistado pelo @Verdade o Representante do FMI revelou que o Conselho de Administração da instituição já reavaliou o misreporting relativamente ao cenário macroeconómico desde 2010. “Isso foi feito ao abrigo do ultimo Artigo IV no início deste ano” explicou Ari Aisen.

Questionado pelo @Verdade sobre o que está nesta altura a condicionar um novo Instrumento de Apoio à Política Económica (denominado PSI no acrónimo em inglês) Aisen disse que um Programa do FMI dura pelo menos 3 anos e estando o actual Governo em fim de mandato faz sentido negocia-lo “só depois das Eleições” Gerais de 2019.

Portanto embora a crise económica pareça estar controlada a retoma da economia ainda deverá demorar, é que um Programa financeiro com o FMI além do dinheiro que possa trazer para ajudar a balança de pagamentos de Moçambique é catalítico para o Investimento Directo Estrangeiro pois dá aos doadores, bancos multilaterais de desenvolvimento e mercados a segurança que o Fundo Monetário endossa as políticas do país.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!