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Professores fogem da mendicidade

Docentes do ensino primário, secundário geral e técnico profissional vão introduzir planos de cooperativismo agrícola para a produção de culturas alimentares e de rendimento ao nível das escolas para o seu próprio benefício, como forma de tentar superar algumas das suas necessidades básicas.

Pretende-se, ainda, com estas medidas garantir a sustentabilidade da Organização Nacional dos Professores, (ONP/SNMP), organismo criado há cerca de 30 anos, mas que ainda se debate com o crónico problema de falta de fundos para o seu normal funcionamento.

Esta é uma das decisões tomadas no 3º congresso daquele órgão realizado, no último fim de semana, na capital provincial de Nampula.

Os professores sugerem, igualmente, a introdução de acções de empreendedorismo e o aumento das taxas anuais, actualmente situadas em 120 meticais/pessoa para o dobro ou de acordo com uma determinada percentagem salarial.

A questão da auto sustentabilidade da ONP foi efusivamente aplaudida pelos doadores portugueses, dinamarqueses e angolanos presentes no evento e que deixaram perceber alguns indícios de “saturação” face aos reiterados pedidos de apoio.

Aliás, o representante dos três sindicatos angolanos de Educação chegou mesmo a afirmar que a ONP nunca poderá tornar-se num verdadeiro sindicato enquanto continuar a viver de “esmola”.

Beatriz Muhoro, presidente da ONP, reconhece a debilidade financeira e material da sua agremiação, o que faz com que continue dependente da própria entidade patronal (Estado Moçambicano) para a realização das suas actividades.

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