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Professores do ensino público têm de ser autorizados para dar aulas nas privadas

Os professores que leccionam no ensino público em Moçambique só poderão dar aulas nas escolas privadas mediante autorização das autoridades distritais da Educação.

A decisão segue-se à persistência de casos de abandono do local do trabalho por parte dos professores do sector público, que dão primazia às escolas comunitárias ou particulares onde têm contratos.

Artur Dombo, director da Educação e Desenvolvimento Humano da cidade de Maputo, apelou às escolas comunitárias e privadas que trabalham com professores do sector público no sentido de não admitirem docentes não autorizados para evitarem ausências prejudiciais de alguns professores. “

Temos muitos constrangimentos, pois vários professores abandonam o trabalho nas escolas públicas porque têm contrato nas privadas, prejudicando centenas de crianças. De forma a evitar esta situação, as direcções das escolas privadas devem receber ou contratar professores devidamente documentados pela Direcção da Educação e Desenvolvimento Humano”, explicou Dombo.

Manuel Simbine, porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, reconheceu que as escolas públicas e privadas estão ao serviço da sociedade e o trabalho que fazem é da responsabilidade do Governo, mas que há que haver regras.

“Neste momento, o sector público não está em condições de absorver todos os alunos, daí que aparece o sector privado para fazer a outra parte. Apesar deste grande contributo, este deve acolher docentes devidamente autorizados”, explicou.

Realçou que o problema em questão tem sido debatido nos últimos tempos, havendo necessidade de envolvimento das autoridades de tutela, nomeadamente os directores das escolas, os inspectores e as direcções distritais da Educação.

“Quem devia controlar os professores, em primeiro lugar, é o director da escola, que a princípio deve estar sempre presente no seu posto de trabalho, e, em segundo, a inspecção, que deve fazer regularmente as suas actividades nas escolas. Se estes cumprirem devidamente com as suas tarefas, podíamos minimizar este cenário”, concluiu.

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