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Professores clamam pelas horas extras

Centenas de professores não tem recebido pelos trabalhos extraordinários que vem desempenhando em diversas escolas da província da Zambézia. Em alguns distritos já houve avisos as direcções distritais de Educação, até ultimatos de que se não nos pagam até dia “X” deixamos de dar aulas. Em Quelimane, houve um encontro, semana passada, entre os professores e o governo da Zambézia, representado neste acto pelo respectivo governador, Francisco Itai Meque.

A resposta tem sido a mesma: “vamos pagar, sabemos que vocês merecem”. Os professores dizem, segundo o jornal Diário da Zambézia, que isso é apenas um slogan que não passa de promessas como aquelas que acontecem quando se está nas vésperas das eleições. Enquanto que a realidade dita outra coisa.

O pano do fundo do encontro era a situação das horas extras. O governador disse na ocasião que reconhecia que a existência da divida, mas disse que o governo estva a passar um pente fino para ver de facto qual é o professor que merece receber este dinheiro.

Sabe-se que no dia 12 de Outubro de cada ano, os professores filiados no Sindicato Nacional dos Professores celebram mais um aniversário. Mas nos últimos anos, a festa dos professores não tem sido comemorada com alegria. Os professores dizem que estão lesados, por isso, não há festa nos corações.

Escola Aeroporto-Expansão exemplo disso

A escola Secundária do Aeroporto-Expansão, arredores da cidade de Quelimane, não vai festejar. Ou seja, os professores que dão aulas naquela escola não vão festejar em volta do dia deles. Tudo porque num universo de mais de cem professores que passam por ali, apenas trinta é que contribuíram para as festividades, segundo o Diário da Zambézia.

Tomando em conta que este número está aquém do real, tomou-se a decisão de que não haverá festa. Cada um por si, Deus por todos, como diz a gíria popular.

Enquanto o dito pente fino ainda não for adquirido pelo governo da Zambézia, os professores continuarão assim, sem pentear o cabelo.

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