A produção do milho durante a primeira época da campanha agrícola 2008/2009, em Moçambique, poderá superar as expectativas, ao atingir 1,9 milhões de toneladas contra os 1,8 milhões inicialmente estimados.
O facto foi dado a conhecer pelo O Director nacional Adjunto dos Serviços Agrários, Marcelo Chaquisse, falando à AIM sobre os resultados da primeira época da campanha agrícola terminada em Março último. “O balanço é extremamente positivo. Os níveis de produção em todo o país aumentaram. Agora temos equipas nos distritos que, até os meados de Maio, irão trazer os resultados definitivos da primeira época da campanha”, disse Chaquisse.
Segundo a fonte, nesta época, as autoridades concentraram as suas atenções na cultura do milho, mas se esperam também bons resultados na produção da mexoeira, feijões, mandioca, entre outras culturas. Chaquisse referiu que, nas províncias com problemas de falta de chuvas, as populações se dedicaram a produção de culturas resistentes à seca. Esta é a primeira colheita realizada depois do lançamento, no ano passado, pelo Governo, do plano trienal de produção de alimentos 2009-2011 que visa, de entre outros objectivos, reduzir as importações do trigo e eliminar as de arroz, bem como aumentar a produção dos diversos outros alimentos largamente consumidos no país.
Com efeito, o sucesso desta primeira época não se registou apenas na cultura do arroz. No distrito de Chókwè, província de Gaza, por exemplo, os agricultores cultivaram seis mil hectares de arroz e os resultados são fabulosos. Contudo, eles estão a enfrentar dificuldades enormes para realizar a colheita, por causa da insuficiência do equipamento para o efeito. Desde o início do processo, em Março último, eles só conseguiram colher 352 hectares.
Os produtores estão a utilizar apenas oito auto-combinadas na campanha da colheita, contra mais de 20 máquinas do género que seriam necessárias. Enquanto isso, os 2.834 produtores comprometidos com esta cultura estão desesperados com a acção devastadora do pardal vermelho, situação agravada pela falta de meios áreas destinados a controlar esta praga.