Os constantes cortes no fornecimento de energia eléctrica registados na África do Sul resultaram na queda da produção global da MOZAL em cerca de 10%, em 2009, segundo dados oficiais em poder do Correio da manhã.
No mesmo período, aquela multinacional obteve uma receita líquida estimada em cerca de dois biliões de dólares norte-americanos e deverá exportar neste presente ano o correspondente a cerca de 2,1 biliões de dólares, esperando em 2011 arrecadar uma receita líquida de 2,5 biliões de dólares norte-americanos, contra USD 2,7 biliões de 2008.
Concorreu, sobremaneira, para a redução de receitas, a crise financeira mundial que fez com que o preço de alumínio no mercado externo reduzisse em cerca de 60%, segundo o Governo, realçando, no entanto, que a crise apenas se faz sentir naquela companhia na queda das suas margens de lucro e no pagamento de impostos e dividendos.
A companhia viu-se igualmente obrigada a proceder a cortes significativos nos custos de exploração, sobretudo nas despesas domésticas, manutenção e outros serviços, mas os seus volumes de produção e venda não foram alterados devido à queda do preço de alumínio no mercado externo, destaca o Executivo. A situação deve-se ao facto do produto da MOZAL ser de alta qualidade e contar com um mercado relativamente cativo.
Frisa-se, entretanto, que a vizinha África do Sul tem vindo a ressentir-se da crise energética desde 2007, o que fez com que a empresa pública fornecedora daquele recurso procedesse a cortes constantes no seu abastecimento, obrigando as companhias locais e recebedoras da energia noutros países vizinhos ao encerramento das suas portas por alguns dias em razão das restrições.