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Procuradora abatida no Uganda

A procuradora Joan Kagezi, que devia proceder a um contra-interrogatório dos principais suspeitos dos ataques terroristas de julho de 2010 em Kampala, a capital ugandesa, foi abatida segunda-feira à noite. Segundo os primeiros elementos do inquérito, o assassinato de Kagezi tem relação com o seu papel no julgamento destes suspeitos, cuja audiência do caso ela pediu adiamento para esta terça-feira.

O porta-voz da Polícia ugandesa, Patrick Onyanyo, declarou à imprensa que os agressores seguiram Kagezi de motorizata por volta das 20 horas locais quando ela regressava à sua casa.

Mãe de quatro filhos, Kagezi estava com uma das suas filhas e o seu filho na sua viatura quando foi abatida. Os seus dois filhos mais velhos estudam na África do Sul.

O ministro ugandês da Informação, Jim Muhwerzi, num comunicado de imprensa enviado à PANA, explica que “os agressores seguiram a viatura de motorizada quando ela seguia a sua rota habitual e quando ela parou para fazer compras em Kiwatule, no leste de Kampala, eles dispararam contra ela”. « Os seus filhos estavam com ela na viatura, mas eles não foram feridos. A Polícia abriu um inquérito e está a seguir todas as pistas disponíveis. Este crime não ficará impune », afirmou.

O julgamento dos suspeitos dos ataques de Kampala de 2010 contra locais de transmissão da final do Mundial devia continuar esta terça-feira com o interrogatório dos suspeitos.

Os ataques contra um restaurante etíope em Kabalagala e um clube de râguebi em Lugogo fizeram 70 mortos e muito mais feridos. Estes atentados foram imputados ao grupo Al Shabaab, que opera na África Oriental, e que é autor do ataque de 21 de Setembro de 2013 contra o centro comercial Westgate em Nairobi, no Quénia, que fez 67 mortos.

O grupo Al Shabaab justificou estes atentados como represália contra a presença militar queniana e ugandesa na Somália no quadro da Missão de Manutenção da Paz da União Africana (AMISOM). Nicholas Opiyo, célebre advogado de Kampala, declarou que o assassinato da procuradora chamava a atenção para a necessidade urgente para o Governo de reforçar a segurança dos advogdos e dos magistrados.

O Uganda está sob alerta terrorista máximo depois de as forças de segurança anunciarem terem recebido informações sobre eventuais ataques do Al Shabaab.

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