Os casos de cancro da mama reduziram consideravelmente, de 2009 a 2012, na cidade de Maputo. Porém, situação inversa acontece em relação ao cancro do colo do útero, cuja tendência é estabilizar-se. Trata-se de doenças que matam, sobretudo quando se procura pela assistência médica já em estado crítico.
Segundo dados da Direcção de Saúde da Cidade de Maputo, entre 2009 e 2010, as unidades sanitárias recebiam 80 a 100 pacientes por ano, contra 50 em 2011. A preocupação existe em relação ao cancro do útero que está a estabilizado nos 200 casos anuais.A directora de Saúde da cidade de Maputo, Páscoa Whate, refere que o cancro do útero é dificilmente descoberto através do auto-exame, situação que contribui para o registo dos mesmos nos últimos anos.
Entretanto, o Pelouro da Saúde tem vindo a expandir os serviços de rastreio do cancro do colo do útero e da mama. Na capital do país, estas enfermidades podem ser diagnosticadas em seis centros de saúde.
Esta informação foi disponibilizada, esta quinta-feira (11), pela Direcção de Saúde da Cidade de Maputo no âmbito de uma feira de saúde a realizar-se, este sábado (13), sob o lema “Envelhecimento, Boa Saúde Prolonga os Anos de Vida”. O objectivo é reduzir o índice de propagação de doenças, em particular do cancro nas mulheres.
Páscoa Whate indica que a feira, que decorre em parceria com a Associação de Luta Contra o Cancro, é importante porque vai difundir mensagens que possam levar as pessoas a mudar de atitude em relação ao tratamento das doenças em alusão e outras perniciosas. Espera-se que participem entre duas a três mil pessoas.
Para a representante da Associação da Luta Contra o Cancro, Laura Mahanjane, o problema cancros do útero e da mama é novo no país, mas preocupar bastante o sector da Saúde porque grande parte da população encontra-se desprovida de informação e dos métodos primários para sua detenção.
A educação cívica, de acordo com a agremiada, é umas formas encontradas para dotar as pessoas de conhecimentos e medidas a tomar em caso de detecção da doença. Ela está preocupada com o aumento de cancro da próstata, que afecta os homens.
Estes sofrem mais porque alimentam tabus e têm medo de se submeter ao tratamento médico, como também lhes falta o hábito de fazer exames regulares por temerem a perda da actividade sexual, o que não constitui a verdade.
Por isso, nos próximos tempos a agremiação vai apostar no alargamento da informação nas instituições e empresas públicas e privadas para inverter o cenário.