Um veemente apelo às autoridades migratórias moçambicanas foi, esta terça-feira, feito pelo Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) no sentido de observarem “escrupulosamente” os dispositivos legais em vigor reguladores de entrada e permanência de estrangeiros no país.
“Não queremos estrangeiros ambulantes e sem meios de sobrevivência a serem deixados entrar e circular livremente no país”, instou o porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa, indicando em seguida que ultimamente e por falta de rigor na observância de dispositivos legais atinentes a migração, “estrangeiros chegam somente para montar barracas que nem ajudam para o desenvolvimento sócio/económico de Moçambique”.
Segundo ele, o Norte de Moçambique tem registado um maior número de entrada de estrangeiros ilegais, nos últimos dois anos, destacando-se as províncias de Nampula e Cabo Delgado que, no sábado passado, registaram a entrada de139 forasteiros, dos quais 137 da Somália e dois do Bangladesh.
Cossa fez lembrar ás estruturas migratórias moçambicanas que a lei só admite a entrada de três categorias de estrangeiros, nomeadamente, refugiados em razão de guerras e outros conflitos nos seus países de origem, investidores e turistas, “estes dois últimos grupos porque conseguem criar mais postos laborais e investem em vários projectos de desenvolvimento do nosso país”.