A polícia da República de Moçambique, na província de Nampula, acaba de neutralizar mais cinco pessoas, supostamente confessas no envolvimento, em Fevereiro último, no sequestro de um menor identificado pelo nome de Nair Abdul Latifo, filho de um dos agentes económicos da praça.
Segundo Orlando Mudumane, porta-voz do comando da corporação deste ponto do país, foram feitas duas detenções na cidade da Beira, igual número na cidade de Nampula e uma na cidade de Maputo.Do grupo dos detidos faz parte Paiva António Ferreira, o motorista do petiz que na véspera do rapto não veio ao serviço, alegadamente por ter conseguido um “emprego melhor”, mas que a polícia assegura tratar-se do “cérebro” daquela acção criminal, bem como de uma cidadã, cuja identidade não foi revelada, sogra de um dos supostos executores do rapto e proprietária da viatura usada para transporte de Nair.
Paiva Ferreira confessa ter facultado aos outros comparsas, que ele identificou pelos únicos nomes de Abade e Wachim (actualmente em parte incerta), o roteiro que levou ao rapto do menor, pois que já era seu motorista há bastante tempo. Eu não participei na acção, limitei-me a dar as pistas, disse. Depois do rapto, que ele sabe ter rendido mais de 1 milhão de meticais, Paiva disse que foi aconselhado pelos seus correligionários a abandonar a cidade de Nampula, tendo, então, ido refugiar-se em Alto Molócuè, na província da Zambézia.
De Molocué, Paiva rumou em direcção à cidade da Beira, com cerca de 75 mil meticais no bolso, referentes á primeira tranche da participação na acção, tendo 50 mil pago para a compra de uma viatura. O Abade e o Wachim aconselharam-me para não levar todo o dinheiro porque poderia levantar suspeitas, mas que teria a minha parte sempre que solicitasse -explicou, para depois contar que. concretizado o sequestro, o petiz foi escondido na zona militar, mais precisamente na casa do Abade.
De referir que o menor em causa foi sequestrado na manhã do dia 12 do passado mês de Fevereiro, na Rua de Sofala, no bairro de Muahivire, na cidade de Nampula, quando se dirigia à escola. Tratou-se do segundo sequestro registado na província de Nampula, em menos de dois anos, tendo o primeiro sido protagonizado pelo famigerado Samito, na cidade portuária de Nacala e que teve como vitima outro cotado empresário, de nome Gafur Hassam.