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PRM desconhece suposto grupo terrorista fixado em Cabo Delgado e que apela para violência através de vídeo nas redes sociais

Um suposto grupo extremista com os rostos cobertos e armas em punho retratou-se num vídeo que circula pelas redes sociais, no qual apela aos moçambicanos para se juntarem a ele com vista a lutar por aquilo que considera valores da doutrina islâmica alegadamente pervertidos. A este respeito, o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) admite ter tido acesso ao vídeo em causa e analisou o conteúdo. Todavia, não confirma a sua autenticidade nem a identidade das pessoas que nele aparecem.

Dos seis indivíduos trajados de vestes civis, aquartelados numa mata e que constam do vídeo em alusão, um deles expressa-se em língua portuguesa e explica que os ataques em Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, visam estabelecer princípios de vida baseados no livro sagrado islâmico.

Durante o discurso, o mesmo cidadão insta as pessoas para que se juntem ao grupo no sentido de “combater o diabo” e as coisas que vão contra os fundamentos do Alcorão.

O teor do vídeo em questão leva a qualquer indivíduo a estabelecer, sem esforço algum, uma ligação com os protagonistas dos ataques das noites dos dias 13 e 15 de Janeiro prestes a findar os distritos de Palma e Nangade, na província de Cabo Delgado. Sete pessoas, das quais um técnico de saúde, morreram e a incursão foi atribuída a um grupo de homens armados cuja origem ainda é desconhecida.

Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, disse a jornalistas, na terça-feira (30), que “em relação ao vídeo que está a circular nas redes sociais, supostamente pertencente a um grupo que, nalgum momento”, criou distúrbios em Cabo Delgado (…), “a Polícia não confirma a sua autenticidade, nem a origem do mesmo e muito menos a identidade das pessoas que aparecem no mesmo vídeo”.

Num outro desenvolvimento, o agente da lei e ordem apelou e chamou atenção “a todos os cidadãos para que se mantenham vigilantes e cautelosos em relação as redes sociais”, porque, no seu entender, não só servem como veículos de coisas úteis e construtivas, como também “podem ser usadas para confundir a opinião pública”.

“As redes sociais são uma plataformas” a que muita gente mal intencionada recorre para “manipular a opinião pública”, disse a fonte.

De acordo com Dina, “neste momento, a situação de Cabo Delgado [concretamente em Mocímboa da Praia, Palma e Nangade] continua controlada. As Forças de Defesa e Segurança continuam” no terreno para fazer o trabalho que lhes compete, de reposição da ordem pública.

Refira-se que, no mesmo briefing, a Polícia informou que, de 20 a 26 de Janeiro, apreendeu nove armas de fogo, das quais duas AK-47, igual número de pistolas, cinco munições e 39 munições. As apreensões aconteceram nas províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Tete, Inhambane, Gaza e Maputo.

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