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Primeiro Ministro português promove parceiro de coligação a vice para acabar crise

O primeiro-ministro de Portugal promoveu o líder do partido da coligação a vice-primeiro ministro neste sábado, esperando por fim ao quebra política que ameaçou derrubar o governo e colocar em risco o resgate financeiro do país.

A promoção de Paulo Portas, chefe do partido de direita CDS-PP, veio na esteira da sua demissão como ministro da Relações Exteriores, despertando temores de que a sua agremiação sairia da coligação, destituindo-a da sua maioria no parlamento.

“Chegamos a um acordo sólido e abrangente”, disse o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho em coletiva de imprensa, depois do seu partido de centro-direita, o Social Democrata, reunir-se com líderes do CDS-PP. “Este acordo garantirá a estabilidade política até o final de nosso mandato.”

Em outra grande concessão, o primeiro-ministro deu a Portas o papel de coordenador das negociações com a ‘troica’ de credores do resgate financeiro – a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O seu partido CDS-PP também ganhará o Ministério da Economia, que será entregue a Antonio Pires de Lima, um amigo de Portas.

O acordo ainda tem que ser aprovado pelo presidente Aníbal Cavaco Silva, que encontrará todos os partidos políticos para discutir a crise na segunda e na terça-feira. Partidos oposicionistas de esquerda exigiram eleições.

Portas tem sido um crítico frequente das políticas de austeridade do pacote de 78 bilhões de euros (100 bilhões de dólares), já que Portugal sofre com três anos de recessão.

O primeiro ministro disse que o acordo com o seu parceiro de coligação marcará o início de uma nova fase do resgate financeiro, com um foco maior no crescimento económico e um esforço para reduzir o desemprego, que alcançou o recorde de quase 18 por cento. “Estamos olhando para frente com determinação para encerrar o ajuste (do pacote de resgate)”, disse Passos Coelho. “Queremos fazê-lo dentro do prazo estipulado, sem drama”.

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