O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, deixou claro, esta quarta-feira (12), que não tem a intenção de renunciar e que se o líder de centro-esquerda Matteo Renzi quiser substituí-lo, ele deverá dizer isso abertamente.
Letta conversou com repórteres no meio de especulações generalizadas de que Renzi, o líder do Partido Democrático (PD), do qual ambos são membros, pressionará para que o PD deixe de apoiar Letta numa reunião da liderança na quinta-feira.
“Qualquer pessoa que queira tomar o meu lugar deve explicitar as suas intenções”, disse Letta depois de uma reunião de uma hora com Renzi na qual fontes disseram que nenhum dos dois estava disposto a recuar.
Letta disse que estava orgulhoso das conquistas de seu governo e que estava motivado por um espírito de serviço ao país, e não por ambição pessoal. O primeiro-ministro afirmou ainda que não fez nenhuma tentativa para disfarçar as diferenças de opinião com Renzi durante a reunião sobre o futuro do governo italiano.
“O encontro foi, o que você diz, nesses casos, franco”, disse Letta a repórteres. “Cada um de nós expôs a sua avaliação, quando você discute é sempre positivo”, acrescentou.