O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, prestou juramento nesta sexta-feira para um segundo mandato, durante uma cerimônia no Palácio Presidencial de Nova Délhi, depois da contundente vitória de seu Partido do Congresso nas eleições legislativas.
Uma divergência ocorreu na última hora entre o Partido do Congresso e seu principal aliado, o DMK, um partido regional do sul da Índia que ameaçou se retirar da coalizão por ter obtido apenas seis ministérios, quando exigia nove.
Singh, de 76 anos, prestou juramento antes do presidente indiano Pratibha Patil e, depois dele, o fizeram também os 19 membros de seu novo gabinete, embora os ministérios ainda não tivessem sido distribuídos. É a primeira vez que um primeiro-ministro é reeleito depois do líder pós-colonial Jawaharlal Nehru. O Partido do Congresso fez uma forte campanha eleitoral contra a pobreza nas zonas rurais da Índia e Singh ganhou uma imagem de líder pragmático capaz de tirar o país da crise econômica.
Sua coalizão conseguiu 262 assentos dos 543 do Parlamento, restando dez dos 272 necessários para a maioria absoluta, embora tenha obtido rapidamente o apoio de independentes e de outros partidos, o que permite aos governistas dispor do respaldo de 322 parlamentares. No entanto, Singh e a líder do Partido do Congresso, Sonia Gandhi, vão ter que negociar com seus aliados a concessão de postos do gabinete. “O primeiro-ministro acredita que o povo se manifestou por um bom governo e tenta se concentrar no rendimento e na responsabilidade ao escolher seus ministros.
Esta é sua prerrogativa”, disse uma fonte do Congresso. O partido governista ganhou 206 cadeiras e está seguro de que obterá os ministérios das Finanças, da Defesa, das Relações Exteriores e da Segurança Interior. Singh, que prometeu um governo “receptivo” e “eficiente” durante seu segundo mandato, também defendeu a necessidade de reformas econômicas, durante um discurso diante dos novos legisladores do Congresso.
Chamado de “Sr. Limpo” por sua imagem incorruptível, tem uma reputação de político íntegro e eficaz. Durante seu mandato, a economia indiana cresceu 9% ao ano. Apesar da crise econômica mundial, a economia do país deve se expandir 6% este ano, o que faria da Índia a segunda economia em maior expansão depois da China.