A Primeira-Dama moçambicana, Maria da Luz Guebuza, apelou, segunda-feira, a sociedade para adoptar aquelas crianças cujos pais perderam a vida, como forma de aliviar o seu sofrimento e garantir o seu crescimento saudável.
A esposa do Presidente da República lançou este apelo durante uma reunião popular realizada na manhã de segunda-feira na localidade de Gueguegue, distrito de Boane, e que marcou o início de uma visita de quatro dias a província de Maputo.
“Os moçambicanos têm um coração muito grande”, disse Maria da Luz, acrescentando “então vamo-nos solidarizar com aquelas crianças que perderam os seus pais”.
Na sua intervenção, a Primeira-Dama moçambicana sublinhou a importância da família para o crescimento saudável da criança. “As crianças não podem andar sozinhas na rua e nem devem ser abandonadas”, frisou, para de seguida acrescentar que, na rua, as crianças correm vários riscos, incluindo acidentes de viação e rapto.
Na ocasião, Maria da Luz, também exortou a sociedade moçambicana a valorizar os idosos e evitar para que andem a deambular pelas cidades pedindo esmola. Ela criticou o facto de alguns cidadãos castigarem as pessoas idosas, sob o pretexto de prática de feitiçaria.
“Os idosos são a fonte do conhecimento. O que será de nós se não os acarinharmos devidamente”, questionou a Primeira-Dama, apontando igualmente o papel importante desempenhado, hoje, pelos idosos na protecção de crianças órfãs, cujos pais morreram vítimas do HIV/ SIDA.
“Se hoje rejeitarmos os idosos as crianças vão aprender essa lição e amanhã serão elas a nos enterrar vivos”, anotou. Durante a sua visita de quatro dias a província de Maputo, a Primeira-Dama irá também escalar os distritos de Moamba e Manhiça, bem como a cidade da Matola, onde além de realizar encontros populares, deverá visitar diversos empreendimentos sociais.
Depois da reunião popular realizada em Boane, Maria da Luz Guebuza visitou o Centro de Saúde de Boane, um projecto de geração de rendimento e o Instituto Agrário de Boane, onde manteve um encontro com líderes comunitários do distrito.
