As convulsões sociais idênticas às registadas em 2008 e dias 1 e 2 de Setembro de 2010, no país, continuam a constituir ameaça séria, segundo o Ministério de Planificação e Desenvolvimento, no seu documento sobre Estratégia Nacional de Desenvolvimento a ser debatido, esta Sexta-feira, pelo Banco de Moçambique (BM) e agentes económicos moçambicanos e estrangeiros activos em Moçambique.
A acontecer, elas resultarão da instabilidade macroeconómica internacional, choques externos causados pela volatilidade dos preços dos combustíveis e bens alimentares, taxas altas de juro e de câmbio, tendo como consequências “o agravamento do défice comercial externo do país e subida do custo de vida”.
As mudanças climáticas, preços de matérias primas e concorrência de economias com potencial em recursos naturais, bem como falta de clareza na estrutura de mercado de energia podem “retrair os investimentos por parte das empresas geradoras de energia”, segundo ainda o documento do Ministério de Planificação e Desenvolvimento em poder do Correio da manhã.
As convulsões sociais podem também advir da negociação de contratos de concessão que “não são vantajosos para o Estado e para o país”, facto que pode aliar-se ao “extensivo e desordenado crescimento urbano, comprometendo os recursos naturais e a qualidade de vida das populações”.
Oportunidades
Como oportunidades criadas, o Ministério de Planificação e Desenvolvimento realça o fluxo de investimentos de multinacionais no sector de recursos minerais, ou seja, prospecção, exploração e transformação de gás natural e petróleo.
Refira-se, entretanto, que o Banco de Moçambique reúnese hoje e amanhã, em conselho consultivo, na Matola, para análise do desempenho da instituição registado em 2011 e perspectivar acções para o presente ano de 2012, para além de debater o tema sobre estratégia nacional de desenvolvimento
