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Presidente do Malawi responsabiliza Moçambique pela crise de combustível no seu País

O Presidente do Malawi, Bingu wa Mutharika, voltou esta semana a dar sinal de novo conflito com Moçambique, reconfirmando o seu mau estar com o País. Bingu wa Mutharika desta vez responsabiliza Moçambique pela escassez de combustível no seu País.

São sucessivas as vezes que o estadista malawiana procura promover conflito com Moçambique. A mais recente manifestação foi em relação a navegação do Rio Chire.

Nas últimas semanas, o Malawi enfrenta uma crise de combustível sem precedentes, situação que levou a Polícia malawiana a impedir, esta segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011, a realização de uma marcha pacífica contra a escassez de combustível e interpelou vários organizadores da manifestação.

Entretanto, o Presidente Bingu wa Mutharika fez um discurso ao País transmitido por uma emissora estatal e explicou que o Malawi depende de outros países para importar o seu combustível.

“Nós não controlamos o fluxo de bens quando entram nos portos” – explicou, declarando que a escassez é devido ao embaraço nos portos moçambicanos da Beira e Nacala.

Na semana passada o governante havia referido ter solicitado uma linha de crédito de cinquenta milhões de dólares para reaprovisionar as reservas do País em combustíveis.

Sabe-se que o Malawi depende das exportações de tabaco e tem necessidade, anualmente, de trezentos a quatrocentos milhões de dólares para importar o combustível.

Polícia interdita marcha contra escassez de combustível Segundo agencias internacionais de notícias, pelo menos 17 líderes do Comité Consultivo sobre os Direitos Humanos (HRCC), que representa 91 ONG’s, foram interpelados e detidos durante algumas horas.

A África 21 Digital refere no seu bloco de notícias desta terça-feira que a Polícia do Malawi impediu no dia anterior a realização de uma marcha pacífica contra a escassez de combustível e interpelou vários organizadores da manifestação.

“Nós estamos inquietos pela segurança dos cidadãos, mas os convidamos para discutir o assunto posteriormente” – declarou à AFP Wille Mwaluka, um porta-voz local, após a intervenção da Polícia, visando os preparativos da marcha prevista na capital Lilongwe.

Os manifestantes deviam marchar do centro da cidade Capital Hill, o bairro administrativo, a fim de entregar uma petição ao presidente Bingu wa Mutharika para “encontrar soluções duráveis” para a crise do combustível.

“As manifestações não tinham nenhuma autorização. Segundo a lei, todo aquele que deseja organizar uma manifestação deve pedir autorização as autoridades” – afirmou Mwaluka.

Entretanto, segundo Mabvuto Bamusi, o coordenador da marcha que deveria reagrupar 91 associações de direitos cívicos, citado pela África 21 Digital, os manifestantes estavam no início da manifestação quando foram atacados por mais de duzentos polícias.

“Nós não apelamos à demissão do presidente como no Egipto. Trata-se do combustível e não de política”, acrescentou. Uma manifestação foi i-gualmente interdita em Mzuzu, uma pequena cidade no norte do País.

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