O Chefe de Estado, Armando Guebuza, recebeu, esta segunda-feira (08), no seu gabinete de trabalho, a coligação de partidos políticos designada Oposição de Mãos Dadas. Este grupo de partidos pretendia colher a sensibilidade do chefe do Estado em relação à tensão política que se vive no País e mostrar a sua posição em relação ao assunto.
Segundo o líder do partido Trabalhista, Miguel Mabote, que falava a imprensa no final da reunião, as forças políticas exigiram do presidente a garantia de circulação normal de pessoas e bens em todo território nacional.
Defenderam também a desmilitarização da maior força de oposição em Moçambique, a Renamo. No entanto, para este ponto estes entendem que o mesmo deve acontecer sem o “derramamento de sangue.” Por isso, durante o processo, o Estado deve fornecer indicações do destino que dará aos ex-guerrilheiros da Renamo de modo a permitir um desarmamento tranquilo.
Sobre o encontro entre o Armando Guebuza e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, a Oposição de Mão Dadas é da opinião que as pré-condições impostas pelas partes para a realização do encontro “não ajudam em nada.” Sendo, por isso, que deveriam ser postas de lado. No entanto, consideram que o líder da “Perdiz” é quem devia se deslocar a Maputo a fim de reunir com o chefe do Estado.
Por seu turno, o conselheiro e porta-voz do PR, Edson Macuacua, disse que o presidente da República acolheu as ideias trazidas pelos líderes dos partidos da oposição e reiterou a sua disponibilidade em dialogar com Dhlakama, na capital do País, sobre a situação política do País. Esse diálogo, disse Macuacua, deve ter em conta que Moçambique é um estado de direito democrático.