O presidente da Moldávia, o comunista Vladimir Voronin, ameaçou recorrer à força para reprimir os distúrbios em Chisinau, onde manifestantes anticomunistas invadiram na terça-feira durante várias horas a sede da presidência e o Parlamento.
“Fiz o possível em 1989 e 1991, quando era ministro do Interior, para evitar qualquer derramamento de sangue em situações similares”, afirmou. “Ontem estive a ponto de recorrer à força. Se isto se repetir, poderemos adotar as medidas pertinentes”.
Ao mesmo tempo, 400 manifestantes começaram a reunir-se nesta quarta-feira no centro de Chisinau para o terceiro dia de protestos.
As manifestações iniciadas na segunda-feira denunciam a vitória esmagadora dos comunistas (no poder desde 2001) nas eleições legislativas de domingo. A oposição afirma que aconteceram fraudes e exige uma nova votação.
O presidente da Moldávia acusou a Romênia de estimular os distúrbios violentos de terça-feira. Por este motivo, a embaixadora do país em Bucareste, Lidia Gutu, foi convocada pelo governo para consultas em Chisinau.
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, declarou nesta quarta-feira que os pedidos da oposição da Moldávia de reconsideração dos resultados eleitorais não têm fundamento.