O Presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, Rosário Fernandes, manifestou na última terça-feira, 20 de Dezembro corrente, a sua indignação pelos roubos sistemáticos que têm ocorrido no armazém B6, local onde são acondicionadas as mercadorias em regime de contencioso aduaneiro (por serem apreendidas, demoradas ou em leilão).
Rosário Fernandes falava num encontro que este manteve com quadros da Direcção Geral e a Direcção Regional das Alfândegas. No encontro estiveram presentes também representantes da Polícia de Investigação Criminal, Polícia da República de Moçambique, Serviços de Investigação e Segurança do Estado, W POWER Security, além da Direcção dos Portos e Caminhos de Ferro, e do Maputo Port Development Corridor, esta última gestora das instalações portuárias.
A título de exemplo, só nos últimos tempos, os criminosos conseguiram retirar, de forma fraudulenta, 348 caixas de cigarros de marcas diversas, 77 caixas e 11 garrafas de whisky, entre outros produtos alimentares. Por se tratar de actos presumivelmente protagonizados em conivência com agentes do Estado, em conexão com outras pessoas ligadas a instituições privadas que prestam serviços de segurança às instalações portuárias, foram recomendadas medidas disciplinares imediatas, sem prejuízo de responsabilização criminal dos envolvidos.
Na perspectiva de se estancar esta onda de roubos, foi criada uma Comissão de Verificação ao nível das Alfândegas, sob a liderança do Director da Ordem e Disciplina da Autoridade Tributária, com a supervisão do Director Geral das Alfândegas, Domingos Tivane.
Espera-se que esta comissão trabalhe em coordenação com as forças que actuam no referido recinto, com destaque para a Polícia da República de Moçambique (PRM) e a Polícia de Investigação Criminal (PIC).
