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Preços de alimentos começam 2016 no seu nível mais baixo em 7 anos, mas em Moçambique não param de aumentar

O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) caiu em Janeiro 1,9% em relação ao seu nível de Dezembro de 2015, para o seu nível mais baixo nos últimos sete anos. Entretanto em Moçambique os preços dos produtos alimentares não param de aumentar, durante o primeiro mês de 2016 aumentaram mais 4,14%.

O índice de preços da FAO é um índice com base nas trocas comerciais que faz o acompanhamento nos mercados internacionais dos cinco principais grupos de alimentos básicos: cereais, óleos vegetais, produtos lácteos, carne e açúcar. Enquanto no mês passado a FAO registou quedas em todos os preços dos produtos, em particular do açúcar, no nosso país o índice de Preços ao Consumidor cresceu em 4,76%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas(INE).

O açúcar, que Moçambique até é produtor e exportador, teve o seu preço agravado e um quilograma, de açúcar amarelo custa agora 55 meticais na capital do país.

O índice de preços dos cereais da FAO caiu 1,7% em relação a Dezembro, porém no nosso país o preço do saco de arroz(25 quilogramas) ultrapassou os 900 meticais e o saco de farinha de milho (12,5 quilogramas) aumentou para cerca de 400 meticais.

O Executivo de Filipe Nyusi atribuiu este aumento de preços dos produtos alimentares, que era previsível no nosso país, à desvalorização do metical face ao dólar norte-americano, uma vez que Moçambique importa a maioria da comida que consome.

De acordo com o índice do INE, que mede as transacções de bens essenciais nas cidades de Maputo, Beira e Nampula, a inflação acumulada dos últimos doze meses foi de 11,25%, acima dos 10,55% verificados ao longo de 2015.

Além dos produtos alimentares aumentaram significativamente os preços do vestuário e calçado, mobiliário e artigos de coração de habitação e a educação em Moçambique, de acordo com o INE.

O Governo prevê uma inflação de 5,6% em 2016, tendo em conta a fase que a economia nacional atravessa de diminuição das exportações, aumento da dívida pública, redução do investimento estrangeiro e ajuda externa e ainda desaceleração do crescimento do produto interno bruto.

Recorde-se que entre Janeiro a Dezembro em 2015 o nosso país registou a mais alta subida de preços em cinco anos, com uma inflação acumulada de 10,55%.

FAO aumenta previsão das reservas mundiais de cereais

Já para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura a queda do preço dos alimentos deve-se as provisões agrícolas em geral abundantes, a desaceleração económica mundial e a valorização do dólar norte-americano.

A FAO também aumentou a sua previsão das reservas mundiais de cereais em 2016, como resultado da redução projectada do consumo e do aumento das perspectivas de produção em 2015.

Quanto às perspectivas para 2016, a organização destacou que os padrões climáticos associados com o El Niño enviam sinais mistos para as colheitas de cereais, especialmente no hemisfério sul.

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